Nossa
percepção de tempo e espaço no cyberspace
Nossa
percepção psicológica de tempo e espaço é criada a partir das experiências
pessoais e coletivas de movimento. Construímos essa noção de tempo e espaço em
nossas mentes junto com as pessoas que nos cercam e habitam o mesmo universo.
Esse conhecimento é assimilado por nosso cérebro no início de nossas vidas.
O cyberspace é o espaço virtual
por onde se deslocam nossos bits. Sua representação material são as redes de
cabos e ondas eletromagnéticas que cruzam o planeta (e vão além dele), mas isso
é apenas um suporte para o que realmente conta: as trocas de informações. Não
podermos "teletransportar" nosso corpo ainda, apenas informações
sobre/produzidar por ele. O cyberspace é um"espaço virtual". Alguns fatores levantados
por ambos como característicos do ambiente virtual e da comunicação mediada por
computadores são a habilidade de brincar com identidade, a anonimidade, e o distanciamento
do tempo e espaço. Assim como construímos nossa noção de identidade e nossa
noção de tempo e espaço no mundo
material, os habitantes do cyberspace também começam a fazer o mesmo no mundo
virtual. Quais
as diferenças entre nossa percepção de tempo e espaço no mundo real? Como nossa
percepção psicológica se altera no ambiente virtual do cyberspace? Para essas
perguntas podemos oferecer algumas hipóteses, levantadas a partir de
experiências vividas por "cibernautas".
1. No cyberspace pode-se estar em vários lugares ao mesmo tempo: Podemos conversar com amigos, ler um romance, ver cotações da bolsa, calcular as despesas domésticas e jogar um jogo, tudo ao mesmo tempo. O mundo virtual nos chega através de um espaço pequeno - a tela de um computador, onde é fácil concentrar a atenção de nossos olhos e ouvidos. Com o apertar de um botão as janelas se alternam em nosso campo de visão. Na vida real a janela com a qual recortamos o mundo é o nosso campo de visão limitado, e para mudar o que vemos em nosso campo de visão é preciso nos deslocar até outro local.
2. No cyberspace o tempo encolhe: Se esperamos cinco minutos em uma fila do banco, achamos rápido. Em compensação, se tentamos nos conectar por computador ao mesmo banco e a operação demorar mais de cinco segundos, ficamos irritados. A nossa expectativa sobre o quanto às coisas devem demorar nos dois casos é muito diferente. Espera-se de um computador que ele seja muito mais rápido que um ser humano. Apesar de na verdade estarmos fazendo as coisas mais rápidas, temos a sensação que o tempo está demorando a passar. Oque encolheu na verdade foi a nossa expectativa.
3. No cyberspace o tempo que se leva para percorrer uma determinada distância não depende do comprimento, mas da largura da estrada: Para irmos de Aracaju até o Japão demoraria várias horas. Para irmos até a casa vizinha demoramos alguns segundos. O tempo dispendido nos dois deslocamentos vai depender além do tipo de transporte utilizado (imagine ir até o Japão a pé...), principalmente da distância entre os dois locais, ou seja, do comprimento da estrada. Já para levarmos nossos bits (digamos, nossa foto digitalizada) de um lugar a outro, o tempo gasto no deslocamento vai depender principalmente da largura de banda da conexão. A largura de banda é medida em bits por segundo. Um cabo de fibra ótica pode transportar bilhões de bits por segundo. Se estivermos conectados por fibra ótica submarina até o Japão, nossa foto vai chegar lá em algumas frações de segundo. Se a casa ao lado também estiver conectada por fibra ótica, a mesma foto vai chegar em uma fração de segundo ligeiramente menor. Porém, se estivermos conectados à sala ao lado por um modem de 300 bps, a foto pode demorar horas para chegar. Talvez seja mais prático, nesse caso, ir a pé.
1. No cyberspace pode-se estar em vários lugares ao mesmo tempo: Podemos conversar com amigos, ler um romance, ver cotações da bolsa, calcular as despesas domésticas e jogar um jogo, tudo ao mesmo tempo. O mundo virtual nos chega através de um espaço pequeno - a tela de um computador, onde é fácil concentrar a atenção de nossos olhos e ouvidos. Com o apertar de um botão as janelas se alternam em nosso campo de visão. Na vida real a janela com a qual recortamos o mundo é o nosso campo de visão limitado, e para mudar o que vemos em nosso campo de visão é preciso nos deslocar até outro local.
2. No cyberspace o tempo encolhe: Se esperamos cinco minutos em uma fila do banco, achamos rápido. Em compensação, se tentamos nos conectar por computador ao mesmo banco e a operação demorar mais de cinco segundos, ficamos irritados. A nossa expectativa sobre o quanto às coisas devem demorar nos dois casos é muito diferente. Espera-se de um computador que ele seja muito mais rápido que um ser humano. Apesar de na verdade estarmos fazendo as coisas mais rápidas, temos a sensação que o tempo está demorando a passar. Oque encolheu na verdade foi a nossa expectativa.
3. No cyberspace o tempo que se leva para percorrer uma determinada distância não depende do comprimento, mas da largura da estrada: Para irmos de Aracaju até o Japão demoraria várias horas. Para irmos até a casa vizinha demoramos alguns segundos. O tempo dispendido nos dois deslocamentos vai depender além do tipo de transporte utilizado (imagine ir até o Japão a pé...), principalmente da distância entre os dois locais, ou seja, do comprimento da estrada. Já para levarmos nossos bits (digamos, nossa foto digitalizada) de um lugar a outro, o tempo gasto no deslocamento vai depender principalmente da largura de banda da conexão. A largura de banda é medida em bits por segundo. Um cabo de fibra ótica pode transportar bilhões de bits por segundo. Se estivermos conectados por fibra ótica submarina até o Japão, nossa foto vai chegar lá em algumas frações de segundo. Se a casa ao lado também estiver conectada por fibra ótica, a mesma foto vai chegar em uma fração de segundo ligeiramente menor. Porém, se estivermos conectados à sala ao lado por um modem de 300 bps, a foto pode demorar horas para chegar. Talvez seja mais prático, nesse caso, ir a pé.
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