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domingo, 10 de março de 2013

Globalização x Nacionalismo

Em 29 de Outubro de 1984, foi sancionada a Lei nº 7.232, que estabelecia a reserva de mercado de informática, com duração de oito anos, visando estimular o desenvolvimento da indústria de informática no Brasil e criado a SEI (Secretaria Especial de Informática), ligada ao Conselho de Segurança Nacional, para supervisão e fiscalização do setor. Chamada de Política Nacional de Informática (PNI), ela foi implantada durante o Regime Militar com o espírito de protecionismo em proteger as empresas nacionais das concorrências das multinacionais.
A informática nacional chegou a atingir taxas de crescimento de 30% ao ano no inicio dos anos 80. O país alcançou em 1986 a Sexta posição no mercado mundial da informática, sendo o quinto maior fabricante, além do Japão e do E.U.A. E durante os anos 90 teve uma serie de modificações na PNI, com o intuito de adequá-la às políticas econômicas ditas “liberalizadas” de maior abertura ao mercado externo, postas em prática pelo governo Collor (1991).
Essas tais medidas só foram adotadas devido as reclamações de diversos setores industriais que protestavam contra a tecnologia obsoleta brasileira e contra os altos preços provocados pela reserva, a facilitação do surgimento de empresários "rent seeking" (empresários com o objetivo de obter privilégios do governo), e procuravam também atender aos interesses dos países desenvolvidos que chegaram estabelecer sanções comerciais temporárias contra o país, em virtude da falta de abertura do mercado nacional para concorrência comercial do exterior. Aqueles países exigiam também o fim do que consideravam violações de seus direitos tecnológicos, como a prática indiscriminada de cópia ilegal de equipamentos e de software.
Com o fim da PNI, em Outubro de 1992, as empresas estrangeiras tiveram maior participação no mercado brasileiro, e criando novos incentivos fiscais para a indústria de informática com contrapartida de investimentos em P&D de no mínimo 5% da receita líquida.
Com a abertura do mercado, o Brasil teve grandes indices de crescimento, não apenas economicamente mas também tecnologicamente. O mercado de PCs em 2011 teve um rendimento de 15,4 milhões de computadores vendidos, colocando o país em terceiro maior mercado de computadores, atrás de Estados Unidos e China, segundo os dados do estudo Brazil Qyarterly PC Tracker, realizado pela  IDC Brasil.
Segundo a pesquisa, 55% eram notebooks e netbooks e 44% de desktops. A divisão entre máquinas domésticas e corporativas ficou em 70% e 30%, respectivamente. “As compras de PCs do segmento doméstico cresceu aproximadamente 20% em relação ao ano de 2010. Já o corporativo teve crescimento de 10%, desconsiderando Governo e educação, que teve queda de 24%”, disse Luciano Crippa, gerente de pesquisa da IDC Brasil. E em 2012 foram vendidos cerca de 4 milhões de computadores, apenas no primeiros trimesrte, apresentando um crescimento de 4% maior que o apresentado em 2011, onde foram comercializados 3,6 milhões de equipamentos. O primeiro trimestre de 2012 teve um  recuou de 9% em vendas comparadas com o trimesrte anterior.

Referências:
http://retroplayerbrazil.wordpress.com/uma-breve-historia-da-informatica-no-brasil/
http://www.tecsi.fea.usp.br/eventos/Contecsi2004/BrasilEmFoco/port/economia/industri/polinfo/apresent.htm

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