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quarta-feira, 13 de março de 2013

As peripécias de um SO Móvel Livre

Em memória do Symbian e MeeGo
    Poucos são os SO livres que nascem, vivem e morrem livres. Como é o caso do Bada, Tizen, Symbian, Maemo, Meego, Firefox OS e Sailfish. Tudo isso ocorre por causa da evolução. O mercado de smartphones está cada vez mais estável e essa estabilidade atrai diversos consumidores, graças a uma concorrência feroz, agravada pela evolução dos smartphones e consequentemente uma baixa de preços.
    Maemo é baseado principalmente em software livre, e foi desenvolvido para dispositivos Maemo no Nokia, em colaboração com muitos projetos de código aberto, como o kernel do Linux, Debian e GNOME. E posteriormente se fundiu com Moblin para criar o MeeGo plataforma de software móvel.
    Contudo o Meego foi uma plataforma com um potencial incrível que terá sido menosprezado pela Nokia. Aliás foi desta plataforma que ex-funcionários da Nokia (que fundaram a Jolla) criaram o Sailfish OS. E após o projeto ter sido entregue a Intel e posteriormente entregue para o Linux Foundation, o prejeto foi renomeado para Tizen, que recentemente ganhou força ao receber apoio da Samsung, recebendo o Bada para se somar ao projeto. O Bada, um SO recente, que foi criado como concorrente para o Symbian, voltado para dispositivos mais simples. Acabou se tornando o 4º em vendas. Porém recentemente foi cancelado, devido a sua complexidade para o uso em dispositivos mais potentes. Desde sua criação foi um SO livre, e acabou como tal. O Tizen é mais flexível que o Bada por estar pensado para dispositivos diversos que vão de telefones a televisões inteligentes. Ao misturar tecnologia de código aberto com a linguagem HTML5, o Tizen permite a criação de aplicativos que rodam sem problemas em diferentes tipos de hardware.
    Do outro lado do Meego, nasceu o SailFish um SO bastante promissor, baseado exclusivamente no Meego, e criado por ex-funcionários da Nokia, a empresa Jolla, que após a perda de mercado drástica da Nokia, beirando a ruína, viu sua única salvação juntando forças com a Microsoft. Cortes de gastos, de funcionários e de OSs. Symbian e Meego foram para degola. Com um design inovador e apostando nas funcionalidades multi-tarefas.  A Jolla refere que muitos aplicativos Android poderão ser executados sem qualquer alteração via o software Myriad Dalvik Alien, enquanto outros necessitarão de alguns ajustes dos seus autores.
    O Firefox OS é um sistema operacional para smartphones e tablets desenvolvido pela Mozilla. A plataforma possui código aberto e tem como diferencial rodar aplicativos criados na linguagem HTML5 pura. O sistema é muito mais leve do que os concorrentes, o que significa que ele não precisa de um hardware tão poderoso para oferecer a mesma experiência de uso.
    Já o Symbian, um SO que assim como android era licenciado em conjunto com diversas empresas, tendo a Nokia como a principal responsável pelo seu desenvolvimento. Um SO percussor dos smartphones. Tornou-se bastante popular, porém começou a cair ladeira a baixo, até ser enterrado em um abismo.  A fatia de mercado do Symbian já estava caindo há muito tempo. Em 2007, 63,5% dos smartphones vendidos eram Symbian, segundo a Gartner. Essa porcentagem foi diminuindo drasticamente com a popularização do Android: em 2011, o Symbian era responsável por 18,7% das vendas, enquanto que o Android estava com 46,5%; no terceiro trimestre de 2012, o Symbiam tinha só 2,6%, e o Android liderava com 72,4%.
    A partir do momento em que os membros pararam de financiar, a Nokia não tinha alternativa. Tentou abrir o código, porém existia partes patenteadas. Sendo possível disponibilizar apenas partes do código. Com a crise a Nokia entrou em acordo com a Accenture para empregar cerca de 2.800 ex-funcionários da Nokia e prestar suporte ao Symbian até 2016, mesmo que pequeno. E então começa a era Windows Phone.
     Sistemas livres parecem uma tendência forte para a evolução da computação de modo geral. Cada vez mais os usuários desejam uma liberdade incondicional sobre seus dispositivos. Além de que, a partir do momento em que desenvolvedores possuem uma facilidade para desenvolver e participar ativamente de um SO, essa comunidade não só abastece as lojas de aplicativos, como tão se tornam peças importantes não evolução do sistema. Seja colaborando para novas funcionalidades, correção de erros ou divulgando em fóruns.



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