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segunda-feira, 18 de março de 2013

Biometria comportamental


       Esse tipo de biometria pode ser considerado o mais “complexo” de todos, pois envolve conceitos interessantes e que muitas pessoas nem imaginam que possam ser utilizados para identificação.
Como o próprio nome já diz, nesse grupo se enquadram as biometrias que buscam identificar um indivíduo através de medições de seu comportamento. Os tipos de biometria mais comuns nesse grupo são:
  • Assinatura
  • Digitação
  • Caminhar
Essas biometrias são classificadas como comportamentais pois são medições feitas em uma AÇÃO do indivíduo, ou seja, as informações são extraídas após, ou durante, a execução de um processo (assinar, digitar ou andar) por um indivíduo.
Dentre os tipos citados, sem dúvida, a assinatura é a mais vista pela sociedade como forma de identificação.  Nossa assinatura está presente em documentos, cheques, contratos e qualquer papel que necessite de uma “garantia” que a pessoa que assinou é realmente a pessoa da qual se espera aquela autorização.
A assinatura tem origem na palavra latina “assignare” que, em sua essência, significa “fazer verdadeiro o que foi dito anteriormente”. A origem da assinatura se perde no tempo e ainda é utilizada como uma das formas de identificação quando se requer segurança.
Apesar de possuir boa parte das características desejadas (universalidade, mensurabilidade e aceitabilidade), a assinatura falha em alguns pontos importantes e fundamentais quando o nível de segurança exigido é alto. Podemos dizer que sua performance e singularidade são ruins, pois várias pessoas podem ter assinaturas parecidas, senão idênticas. Além disso, é facilmente copiável. Fato esse que podemos comprovar com os vários relatos de fraudes relacionados à falsificação de assinaturas.
A digitação talvez seja a biometria desse grupo mais difícil de se imaginar pela maioria das pessoas. Existem alguns estudos que mostram que cada pessoa tem um certo ritmo, ordem, e força ao se tocar as teclas do computador para escrever um texto. No entanto, apesar de ser universal, mensurável e até certo ponto aceito pela sociedade, esse tipo de biometria tem os mesmos problemas da assinatura. Possui uma performance ruim, e sua permanência é muito baixa, podendo variar com o humor, estresse e sentimentos de uma pessoa. Por isso, não é confiável para sistemas de grande escala.
O caminhar, apesar de ser pouco conhecido para a sociedade, na forma automática e computadorizada, é bastante inerente ao comportamento humano. Quantas vezes já não reconhecemos uma pessoa de longe apenas pela sua forma de andar? Essa é uma biometria pouco invasiva, o que gera bastante aceitação na sociedade. No entanto, sua permanência está associada a estados emocionais do indivíduo e também às roupas, e ao tipo de piso. Com isso, sua performance é baixa.
Ou seja, apesar desse grupo possuir biometrias de alta aceitabilidade e boa universalidade, a performance é pouco satisfatória quando lidamos com sistemas de alta segurança. Por isso, a  digitação e o caminhar não possuem futuro como biometria de grande escala. A assinatura continuará presente na sociedade enquanto outras biometrias mais robustas e performáticas não assumirem seu lugar.
http://biometriabrasil.wordpress.com

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