Todos sabemos que o vale do silício é um centro de empreendedorismo modelo no mundo, com grandes empresas de grande influência. Porém, a questão social entre algumas dessas empresas não é prioridade. Quem diz isso é o empresário Peter Sims, cofundador da startup de empreendedorismo social Fuse Corps, em entrevista ao jornal Folha de São Paulo.
Sims também parabeniza os empresários brasileiros que vão aos EUA por suas atitudes humildes. Ele diz não enxergar a preocupação das start ups em resolver grandes problemas sociais do país (exceto as social ventures), como a fome e a pobreza, e sim tentando suprir necessidades dentro de um pequeno grupo, e das camadas mais altas as mais baixas, o que, segundo ele, não funciona nem quando o intuito é ganhar dinheiro.
Enaltece que as social ventures facilitam o uso da tecnologia entre os mais pobres. Um bom exemplo disso é a Kiva [www.kiva.org] fazendo empréstimos entre pessoas de todo o mundo, sem intermediários, para que estas realizem seus sonhos. O Facebook é igualmente citado por Sims, que acha a timeline e o feed de notícias totalmente inovadores, por conectar pessoas entre si e fazê-las mais próximas.
O problema do Facebook é não querer se politizar de maneira nenhuma, e com isso acaba ficando avesso aos grandes problemas sociais do mundo, como por exemplo, a guerra do Oriente Médio. O problema também é não prestarem atenção na vontade do usuário. " - Marck Zuckerberg presta, mas a empresa não", afirma Peter. Em contrapartida, critica a dependência do Facebook à Zuckerberg e a compara com a Apple, que seu unico idealizador de inovações era Steve Jobs.
Com base na opinião de Sims, subentende-se que as empresas visam mais o próprio status social e financeiro, do que realmente aquilo que muitas vezes colocam como suas missões. Mascaram ações sociais apenas para enaltecerem seus nomes, não se preocupando realmente com aquilo. Muitas empresas do Vale, para abrir suas filiais, procuram países com mão de obra barata, e que muitas vezes empregam crianças em serviços impróprios para estas. Muitas descartam seus lixos em países subdesenvolvidos, sem uma política de reciclagem adequada e afetando a qualidade de vida das pessoas daquela região. As empresas não têm obrigação de resolver esses problemas, mas, por terem uma grande fonte de recursos, deveriam estabelecer políticas sociais adequadas e criarem setores específicos com profissionais capacitados para tal fim.
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