Campinas, em São Paulo, é conhecida como Vale
do Silício brasileiro.
Até a década de 1970,
a região de Campinas tinha poucas indústrias e tinha uma economia baseada na agricultura e nos serviços e
setores do comércio. Com a fundação da UNICAMP e da
alta disponibilidade de investigadores de qualidade, engenheiros e estudantes
focada em física, engenharia elétrica, ciências da computação, matemática, engenharia mecânica, etc, uma série de
empresas de alta tecnologia começaram a estabelecer as suas
plantas industriais e laboratórios de P&D nas proximidades, como a IBM.
Gradativamente, o município de Campinas, e aqueles que a
rodeiam começaram a promover ativamente o crescimento desta nova área, e fundou
os parques CIATEC I e II (Companhia de Desenvolvimento do Pólo de Alta
Tecnologia de Campinas), zonas industriais que foram estabelecidas em torno do
campus universitário, no subdistrito de Barão Geraldo.
O Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (CPqD), criado pela Telebrás, uma holding estatal para o setor de
telecomunicações no Brasil, que havia crescido enormemente sob a égide da ditadura militar, foi o segundo impulso de Campinas na direção
de ser um Vale do Silício.
Uma lei foi aprovada pelo governo federal, protegendo a tecnologia brasileira
contra as importações, e isso resultou em um maior crescimento, juntamente com
pesquisadores da Unicamp, uma série de desenvolvimentos pioneiros ocorreram nas
novas áreas de laser,fibra óptica,
telefonia digital, tecnologia de computadores, de desenvolvimento de software.
Além disso, a estatal Petrobrás,
gigante do petróleo estava começando a desenvolver um
programa de longo alcance de exploração de petróleo com o objetivo de tornar o
Brasil independente da importação de petróleo: a política também passou pelos
militares, por razões estratégicas e econômicas (o choque do petróleo havia afetado profundamente o país), e
a Unicamp foi uma das universidades líderes em pesquisa a participar. A este
respeito, a filosofia aberta da Unicamp de colaboração com o setor privado
(inédito no Brasil, até esse momento), estabelecida por seu fundador visionário
e primeiro reitor, Dr. Zeferino Vaz,
preparou o caminho para uma sinergia única entre a indústria e a universidade.
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