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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Vale do Silício também Investe na Questão Social


 Laura Arrillaga-Andreessen estudante de negócios que amava filantropia começou a se reunir com amigos que compartilhavam a ideia em um café. Ela conta que a maioria das pessoas tem ação social como uma coisa a se fazer no final da vida; que a maioria dos jovens executivos do Vale não se preocupam em dar retorno a sociedade, mas que são mais mesquinhos. Depois de ser incubados pela Silicon Valley Community Foundation por dez anos, tornou-se independente em 2008, a Silicon Valley Social Venture Fund (SV2) é um grupo de investidores que juntam recursos para estimular iniciativas sem fins lucrativos. A SV2 proporciona eventos educacionais para treinamento de líderes para instituições sem fins lucrativos e a utilização da metodologia do design thinking para inovações sociais; orienta as organizações sem fins lucrativos a terem um modelo de negócio.
Claire Diaz Ortiz, Gerente de Inovação Social do Twitter, afirma: "Após trabalho sem fins lucrativos na África Oriental, e um MBA da Skoll Centro da Universidade de Oxford para o Empreendedorismo Social, eu não era a pessoa mais provável para pousar em uma pequena empresa chamada Twitter em 2009." ela afirma com base em seu trabalho que o Vale tem seis coisas importantes para ensinar aos empreendimentos sociais:
  • Tomar decisões de risco: assumir riscos é essencial para qualquer empreendimento, grandes riscos podem gerar grandes recompensas.
  • Colaboração: segundo ela o empreendedorismo social se baseia em colaboração, sendo importante trabalhar com governos, fundações, a sociedade civil, parceiros corporativos e outros interessados.
  • Ouvir os outros: se envolver com a comunidade perguntando o que eles precisam e fazer um planejamento em cima destas respostas é fundamental para mudanças positivas.
  • Equilíbrio: a maioria dos melhores executivos estão passando a ideia de que é necessário ter equilíbrio, dar atenção a família, evitar o esgotamento do trabalho. Este equilíbrio ajudará a resolver problemas difíceis com maior sensatez.
  • Manter pessoas que evangelizem para você: o Vale sabe a importância de ter usuários que evangelizem seus produtos e serviços, usuários fiéis; é importante saber escolher pessoas certas, pessoas que amem mesmo o projeto.
  • Marketing: ela fala que ao chegar na empresa um das primeiras medidas foi recrutar pessoas para o marketing. Diz que a publicação de uma convincente história de necessidade de água potável fez com que o primeiro sem fins lucrativos do Twitter chegasse a 1 milhão de seguidores e crescendo. Esta divulgação social tem sido essencial para as doações, conscientização e engajamento.
Neveen Acero em uma publicação no netimpactmills.com afirma ter ficado chocada ao ver algumas iniciativas sociais e cita algumas delas: O Bank of American, que tem uma política de empréstimos a empreendimentos sociais; Kirsten Saenz Tobey e a Revolução dos alimentos que defende uma alimentação mais saudável nas escolas americanas; dentre outras presentes em seu relato.
Peter Sims, cofundador da start-up de empreendedorismo social Fuse Corps em entrevista a Folha diz que as empresas do Vale não se preocupam com a questão social a não ser raras exceções.
É comum acontecer o que Laura Arrillaga-Andreessen fala, a maioria das pessoas não se importam com a questão social. Mas faz sentido esta interpretação se levarmos em conta a história do surgimento do Vale e a ganância que existe por parte de alguns que são extremamente ricos, desde de os tempos antigos a questão social tem sido muito mais motivada pela religiosidade que por motivos filosóficos e morais. A meu ver a filosofia e a moral nunca chegarão a dar estímulos eletrizantes para a ação social, talvez eu esteja desinformado ou sendo negativista.
E claro, nos sentimos felizes ao ver boas iniciativas por parte de algumas pessoas, sejam motivadas pelo que for, devemos imitá-las. Assim como Neveen Acero fiquei surpreso ao ver as ações do SV2 e ao mesmo tempo me mostrou o quanto a ciência poderia colaborar com a questão social e não o faz. Cada profissional pode direcionar a sua área de conhecimento para a resolução dos problemas sociais.

Referências
http://www.sv2.org/page/education-socials
http://netimpactmills.com/2012/04/18/diving-into-social-ventures/
http://www.sv2.org/page/history-1

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