"Os Vales do silicio brasileios"

         São empreendimentos que foram criados para abranger uma maior concentração de desenvolvimentos e pesquisas como forma de inovação para a comunidade e o comercio. Um grande exemplo de parque tecnológico é o vale do silício que possui grandes empresas como o Google, Microsoft, IBM que são pioneiras em inovações tecnológicas. O Brasil também possui os seus “vales” só que em uma proporção um pouco menor que a dos EUA, mas que não deixa de ser um fomentador de inovação.

          O maior parque tecnológico do Brasil se encontra em Recife (PE) onde contribuem com cerca de 3% do PIB de Pernambuco. Apelidado de Porto Digital possui uma área de 100 hectares com 8 quilômetros de fibra ótica, hoje abriga cerca de 117 empresas e 2 incubadoras onde geram 4 mil empregos todo ano.  O objetivo inicial era criar empregos qualificados, produzir conhecimento local e exportar serviços com valor agregado para o mundo. Com oito anos de existência, o Porto Digital foi muito além de sua proposta e hoje está listado na publicação Learning By Sharing, editada pela International Association of Science Parks (IASP), entre os quatro parques tecnológicos que podem ser considerados referência mundial. A IBM, Motorola,Sansung, Nokia,Dell, Microsoft são exemplos de empresas que pesquisam e desenvolvem soluções no Porto Digital. Apesar de tudo ainda não é satisfatório o volume de exportação ."Este é um grande desafio. Nossa meta é aumentar as vendas para o mercado internacional" ."Nossa meta é gerar 10% do PIB pernambucano. Temos de fomentar mais negócios", avisa o diretor.

           Criada em 1984, entre os quatro primeiros parques tecnológicos do país, a Fundação Parque Tecnológico da Paraíba – Fundação PaqTcPB - é uma instituição sem fins lucrativos voltada para o avanço científico e tecnológico do Estado. Foi instituída pelos seguintes órgãos: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq, Universidade Federal da Paraíba – UFPB, Governo do Estado da Paraíba e Banco do Estado da Paraíba – PARAIBAN. A Fundação PaqTcPB tem como uma de suas atribuições, o fomento ao desenvolvimento de projetos de ensino, pesquisa e extensão, sendo uma de suas funções dar suporte administrativo e finalístico aos projetos institucionais. Com um leque extenso de atuação, a instituição age como apoio técnico-administrativo a universidades, como agência de fomento à pesquisa, como interveniente na captação de convênios e como prestadora de serviços especializados. Ao longo dos anos, a instituição tem sido uma espécie de pilar, para dar suporte a projetos e programas do setor de Ciência, Tecnologia e Informação. Grande parte da sua história de prestígio, reconhecimento e competência é fruto dos resultados alcançados na sua atuação e das parcerias firmadas com várias instituições. Em sua constituição, a Fundação PaqTcPB conta com diversos segmentos da sociedade: UFPB ,UFCG, SEBRAE-PB, Prefeitura Municipal de Campina Grande- PB, Banco do Nordeste do Brasil (BNB), UEPB, CNPq, FIEP, Governo do Estado da Paraíba e Associação das Empresas de Base Tecnológica (AEBT) .

        O Parque Científico e Tecnológico da Serra do Rio Grande do Sul - TecSerra constitui parte da estratégia da Região da Serra do Rio Grande do Sul para ampliar e manter a competitividade desse território na Economia Globalizada do Conhecimento. A iniciativa enquadra-se como um parque tecnológico na acepção da Associação Internacional dos Parques Tecnológicos - IASP e de associações congêneres. O TecSerra tem suas raízes no Programa Serra do Rio Grande do Sul Tecnópole, iniciado na década de 1990, por iniciativa da Universidade de Caxias do Sul, dentro de suas atribuições como universidade regional comunitária, articulada aos municípios, câmaras e outras associações da região, com o apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia. A Região da Serra do Rio Grande do Sul, para fins do planejamento do TecSerra, corresponde ao território que engloba os municípios situados ao nordeste do Estado, na área de influência da Universidade de Caxias do Sul, e inclui os territórios correspondentes aos COREDES (Conselhos Regionais de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul) Serra, Hortênsias, Campos de Cima da Serra, e Nordeste.  A Região conta com cerca de 70 municípios, 1,2 milhões de habitantes e 25 mil km². O seu PIB é estimado em R$ 35 bilhões (US$ 20 bilhões) e a renda per capita em R$ 30 mil (US$ 17 mil) por ano (dados de 2010).

        O Brasil entrou tardiamente na era da inovação tecnológica. Estamos ainda nos estruturando para receber de fato uma maior gama de pesquisas e desenvolvimentos através destes parques. Mas os bons resultados dos parques tecnológicos implantados em território brasileiro, assim como das empresas que eles abrigam, vêm chamando a atenção de prefeituras de várias localidades. Afinal, nas cidades onde são instalados esses parques, além das vantagens tributárias e da oferta de empregos qualificados, surgem inúmeros benefícios para a economia.