Criados para azeitar a integração
entre empresas e universidades, os parques tecnológicos surgiram na década de
50, nos Estados Unidos. Um deles, o da Universidade de Stanford, deu origem ao
chamado Vale do Silício – que hoje reúne a nata das multinacionais de alta
tecnologia. No Brasil, o modelo chegou bem mais tarde, a partir de 2004, com a
aprovação da lei nacional de inovação. “Antes, a interação entre empresas e
universidades existia, mas não de forma institucionalizada. A partir da lei,
ficou claro que a universidade tem um papel a exercer no processo de inovação”,
afirma a presidente do Fórum Nacional de Gestores de Inovação e Transferência
de Tecnologia (Fortec), Eliza beth Ritter.
Parques tecnológicos (PqTs)
reúnem universidades – geralmente públicas -, incubadoras de negócios, centros
de pesquisa, laboratórios e grandes empresas, referências em sua área de
atuação, as chamadas empresas-âncoras, em um único espaço com a finalidade de
produzir produtos e serviços inovadores. Investimentos em iniciativas como essa
fazem parte do plano de países que querem aumentar a competitividade de suas
indústrias no mercado mundial.
A lógica de funcionamento dos
parques tecnológicos é uma via de mão dupla. As empresas atuam acionando as
universidades, ao propor pesquisas de seu interesse. Já a universidade busca as
empresas apontando temas e também chamando a atenção para recursos de fomento à
inovação à espera de projetos.
A entrada das grandes empresas
nos parques tecnológicos, normalmente, é facilitada, pois elas são uma espécie
de chamariz para a região. Já as de micro e pequeno porte têm de percorrer
outros caminhos. A forma mais comum é o ingresso por meio das incubadoras ou
aceleradoras de negócios. As universidades administradoras podem fazer
concursos entre os alunos e premiar a melhor ideia de negócio com o direito se
instalar no parque.
Parques Tecnológicos de destaque
Com mais de 200 empresas
instaladas, 6.500 profissionais e faturamento anual de R$ 1 bilhão, o parque
tecnológico Porto Digital, no Recife (PE), é o maior do país e forte candidato
a ser o “Vale do Silício brasileiro”. Este ambiente atua nas áreas de software,
games, multimídia, cine-vídeo-animação, música, design, fotografia, propaganda
e publicidade. Do total de empresas abrigadas, 88% são de micro e pequeno
porte. O restante é formado por médias e grandes empresas, como IBM e
Microsoft.
O parque tecnológico Tecnopuc, em
Porto Alegre (RS), é um grande centro de inovação. Administrado pela PUC-RS
(Pontífica Universidade Católica do Rio Grande do Sul), conta com mais de 80 empresas
e 5.500 profissionais. Cerca de 70% das empresas instaladas são de pequeno e
médio porte, enquanto 30% são grandes, como a Dell, Microsoft e a HP. A atuação
se dá nas áreas de tecnologia da informação, comunicação, eletroeletrônica,
energia, meio ambiente, biotecnologia e indústria criativa.
REFERÊNCIAS
Disponível em: < http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/redacao/2012/08/03/parques-tecnologicos-disputam-titulo-de-vale-do-silicio-brasileiro.jhtm>.
Acesso em 25 de fevereiro de 2013.
Disponível em: < http://www.advivo.com.br/materia-artigo/brasil-tem-25-parques-tecnologicos-em-operacao>.
Acesso em 25 de fevereiro de 2013.
Disponível em: < http://www.anprotec.org.br/ArquivosDin/portfolio_versao_resumida_pdf_53.pdf>.
Acesso em 25 de fevereiro de 2013.
Disponível em: < http://www.amanha.com.br/parques-tecnologicos-em-expansao>.
Acesso em 25 de fevereiro de 2013.
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