Pesquisa

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Parques Tecnológicos e Universidades


Criados para azeitar a integração entre empresas e universidades, os parques tecnológicos surgiram na década de 50, nos Estados Unidos. Um deles, o da Universidade de Stanford, deu origem ao chamado Vale do Silício – que hoje reúne a nata das multinacionais de alta tecnologia. No Brasil, o modelo chegou bem mais tarde, a partir de 2004, com a aprovação da lei nacional de inovação. “Antes, a interação entre empresas e universidades existia, mas não de forma institucionalizada. A partir da lei, ficou claro que a universidade tem um papel a exercer no processo de inovação”, afirma a presidente do Fórum Nacional de Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia (Fortec), Eliza beth Ritter.
Parques tecnológicos (PqTs) reúnem universidades – geralmente públicas -, incubadoras de negócios, centros de pesquisa, laboratórios e grandes empresas, referências em sua área de atuação, as chamadas empresas-âncoras, em um único espaço com a finalidade de produzir produtos e serviços inovadores. Investimentos em iniciativas como essa fazem parte do plano de países que querem aumentar a competitividade de suas indústrias no mercado mundial.
A lógica de funcionamento dos parques tecnológicos é uma via de mão dupla. As empresas atuam acionando as universidades, ao propor pesquisas de seu interesse. Já a universidade busca as empresas apontando temas e também chamando a atenção para recursos de fomento à inovação à espera de projetos.
A entrada das grandes empresas nos parques tecnológicos, normalmente, é facilitada, pois elas são uma espécie de chamariz para a região. Já as de micro e pequeno porte têm de percorrer outros caminhos. A forma mais comum é o ingresso por meio das incubadoras ou aceleradoras de negócios. As universidades administradoras podem fazer concursos entre os alunos e premiar a melhor ideia de negócio com o direito se instalar no parque.

Parques Tecnológicos de destaque
Com mais de 200 empresas instaladas, 6.500 profissionais e faturamento anual de R$ 1 bilhão, o parque tecnológico Porto Digital, no Recife (PE), é o maior do país e forte candidato a ser o “Vale do Silício brasileiro”. Este ambiente atua nas áreas de software, games, multimídia, cine-vídeo-animação, música, design, fotografia, propaganda e publicidade. Do total de empresas abrigadas, 88% são de micro e pequeno porte. O restante é formado por médias e grandes empresas, como IBM e Microsoft.
O parque tecnológico Tecnopuc, em Porto Alegre (RS), é um grande centro de inovação. Administrado pela PUC-RS (Pontífica Universidade Católica do Rio Grande do Sul), conta com mais de 80 empresas e 5.500 profissionais. Cerca de 70% das empresas instaladas são de pequeno e médio porte, enquanto 30% são grandes, como a Dell, Microsoft e a HP. A atuação se dá nas áreas de tecnologia da informação, comunicação, eletroeletrônica, energia, meio ambiente, biotecnologia e indústria criativa.

REFERÊNCIAS
Disponível em: < http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/redacao/2012/08/03/parques-tecnologicos-disputam-titulo-de-vale-do-silicio-brasileiro.jhtm>. Acesso em 25 de fevereiro de 2013.
Disponível em: < http://www.advivo.com.br/materia-artigo/brasil-tem-25-parques-tecnologicos-em-operacao>. Acesso em 25 de fevereiro de 2013.
Disponível em: < http://www.anprotec.org.br/ArquivosDin/portfolio_versao_resumida_pdf_53.pdf>. Acesso em 25 de fevereiro de 2013.
Disponível em: < http://www.amanha.com.br/parques-tecnologicos-em-expansao>. Acesso em 25 de fevereiro de 2013.

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