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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

A bolha da Internet


          Termo “bolha” é um apelido carinhoso dado pelos acionistas ao superaquecimento do mercado de ações. A analogia ocorre no fato de que uma bolha (de sabão, por exemplo) cresce e infla, mas chega a um ponto que ela estoura. No período compreendido entre 1998 e 2000 ocorreu uma destas bolhas que foi denominado de “Bolha da internet”. Período marcado por empresas que ganhavam milhões em investimentos, o que inflou a tal “bolha”. Mas isto foi passageiro, no ano 2000 esta mesma “bolha” estoura e empresas antes valiosas, não tinham mais nenhum centavo.
            A internet era algo novo para muitos empreendedores, seu desconhecimento levou aos comandantes de grandes empresas de internet a necessidade de uma evangelização do mercado. Mas isto foi relativamente rápido se compararmos a outros meios de comunicação. A popularização do radio levou cerca de 40 anos para atingir 50 milhões de pessoas, a tv levou 13 anos para atingir o mesmo número de pessoas, já a internet em cinco anos já tinha se popularizado. Em 1998 ela já chamava a atenção fora do Brasil. Empresas como Amazon.com, Ebay e Yahoo! Estavam em todos os meios de comunicação. Várias publicações foram lançadas para cobrir a internet, incluindo desde negócios on-line até consumidores virtuais.
           Empresas jovens que antes tinham que obedecer as etapas: capital inicial, primeiros investidores, indivíduos e instituições, IPO(valorização do mercado de ações), no momento da supervalorização das ações, tais empresas chegavam a pular duas destas etapas para conseguir seu primeiro IPO.  Um exemplo de enriquecimento  rápido foi a Netscape.  Ela iniciou seu capital na bolsa Nasdaq com o preço inicial de US$ 12 a US$14. Porem a demanda era grande de mais. Muitos queriam comprar suas ações. A ação fechou o dia em US$58.25. Nem o mais otimista dos sócios esperava um rendimento de aproximadamente 400% do valor inicial. Além das  empresas.com as agências publicitárias tradicionais lucraram  bastante com companhias criadas à velocidade da luz  para a mídia convencional. As empresas.com eram suas principais clientes.
           Com tanto dinheiro em volta, várias empresas usaram de sua desonestidade para saciar a sua ganância. Exemplos como a Microsoft que batalhou com a Netscape, ganhou por distribuir gratuitamente o seus produtos desvalorizando o do concorrente que não possuía o mesmo capital de risco. Erros grotescos ocorreram ao extrapolar os dados demográficos para os anos seguintes, incluindo estimativas como publicidade na internet e faturamento do e-commerce. A variação chegava a ter 1000% de disparidade. Sem falar das empresas de faixada como a que garantia a entrega de frutas frescas, compradas pela internet, e que seriam entregues em sua casa em menos de  30 min. Tudo isto contribuía para a falência/venda  de grandes empresas e a falta de retorno dos investimentos. E no ano 2000, quase fim do mundo, finalmente a bolha estoura. A bolsa de Nasdaq cai e muitos perderam tudo o que tinham em questão de segundos.
             Apesar de ser algo quase que catastrófico, você perder tudo de uma hora para outra, o  estouro da bolha foi necessário para melhoria da segurança e qualidade dos produtos e serviços que hoje são oferecidos. Atualmente vemos grandes desenvolvedores que usam de suas habilidades com cautela, graças ao que ocorreu no passado. Sem falar de que houve empresas que mesmo assim se beneficiaram do ocorrido como as agencias de publicidade. Jhon Powell nos deixa o verdadeira lição do fim da bolha :”O único erro de verdade é aquele com o qual não aprendemos nada”.


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