Termo “bolha”
é um apelido carinhoso dado pelos acionistas ao superaquecimento do mercado de
ações. A analogia ocorre no fato de que uma bolha (de sabão, por exemplo)
cresce e infla, mas chega a um ponto que ela estoura. No período compreendido
entre 1998 e 2000 ocorreu uma destas bolhas que foi denominado de “Bolha da
internet”. Período marcado por empresas que ganhavam milhões em investimentos,
o que inflou a tal “bolha”. Mas isto foi passageiro, no ano 2000 esta mesma “bolha”
estoura e empresas antes valiosas, não tinham mais nenhum centavo.
A internet
era algo novo para muitos empreendedores, seu desconhecimento levou aos
comandantes de grandes empresas de internet a necessidade de uma evangelização
do mercado. Mas isto foi relativamente rápido se compararmos a outros meios de
comunicação. A popularização do radio levou cerca de 40 anos para atingir 50
milhões de pessoas, a tv levou 13 anos para atingir o mesmo número de pessoas,
já a internet em cinco anos já tinha se popularizado. Em 1998 ela já chamava a
atenção fora do Brasil. Empresas como Amazon.com, Ebay e Yahoo! Estavam em
todos os meios de comunicação. Várias publicações foram lançadas para cobrir a
internet, incluindo desde negócios on-line até consumidores virtuais.
Empresas
jovens que antes tinham que obedecer as etapas: capital inicial, primeiros
investidores, indivíduos e instituições, IPO(valorização do mercado de ações),
no momento da supervalorização das ações, tais empresas chegavam a pular duas
destas etapas para conseguir seu primeiro IPO. Um exemplo de enriquecimento rápido foi a Netscape. Ela iniciou seu capital na bolsa Nasdaq com o
preço inicial de US$ 12 a US$14. Porem a demanda era grande de mais. Muitos queriam
comprar suas ações. A ação fechou o dia em US$58.25. Nem o mais otimista dos
sócios esperava um rendimento de aproximadamente 400% do valor inicial. Além
das empresas.com as agências
publicitárias tradicionais lucraram
bastante com companhias criadas à velocidade da luz para a mídia convencional. As empresas.com
eram suas principais clientes.
Com tanto
dinheiro em volta, várias empresas usaram de sua desonestidade para saciar a
sua ganância. Exemplos como a Microsoft que batalhou com a Netscape, ganhou por
distribuir gratuitamente o seus produtos desvalorizando o do concorrente que
não possuía o mesmo capital de risco. Erros grotescos ocorreram ao extrapolar
os dados demográficos para os anos seguintes, incluindo estimativas como
publicidade na internet e faturamento do e-commerce. A variação chegava a ter
1000% de disparidade. Sem falar das empresas de faixada como a que garantia a
entrega de frutas frescas, compradas pela internet, e que seriam entregues em
sua casa em menos de 30 min. Tudo isto contribuía
para a falência/venda de grandes
empresas e a falta de retorno dos investimentos. E no ano 2000, quase fim do
mundo, finalmente a bolha estoura. A bolsa de Nasdaq cai e muitos perderam tudo
o que tinham em questão de segundos.
Apesar de
ser algo quase que catastrófico, você perder tudo de uma hora para outra, o estouro da bolha foi necessário para melhoria
da segurança e qualidade dos produtos e serviços que hoje são oferecidos.
Atualmente vemos grandes desenvolvedores que usam de suas habilidades com
cautela, graças ao que ocorreu no passado. Sem falar de que houve empresas que
mesmo assim se beneficiaram do ocorrido como as agencias de publicidade. Jhon
Powell nos deixa o verdadeira lição do fim da bolha :”O único erro de verdade é
aquele com o qual não aprendemos nada”.
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