Ao pesquisar sobre as ações sociais no Vale do Silício,
encontrei uma entrevista muito interessante sobre o tema, onde o entrevistado
fala sobre a Fundação Comunitária do Vale do Silício. As informações deste
texto baseia-se nesta entrevista e o entrevistado foi o fundador e presidente
da Fundação Comunitária do Vale do Silício (Silicon Valley Community
Foundation) que é uma das principais instituições de desenvolvimento social dos
EUA, Emmett D. Carson, foi convidado especial do TiB - Together is Better -
Seminário Internacional de Tecnologia para a Mudança Social, realizado em 2010,
em Florianópolis.
Segundo Emmett D. Carson, "Todas as empresas devem ter
projetos sociais porque são beneficiadas por eles". Ele é considerado uma
das maiores autoridades mundiais em investimentos comunitários e está a frente
da Fundação do Vale do Silício, que nasceu em 2006 e é uma fundação que tem um
patrimônio de US$ 1,7 bilhão, constituído por mais de 1,5 mil de fundos de
doações de empresas de tecnologia da Califórnia, entre as quais a Facebook,
eBay, Google e Sun Microsystems. A fundação faz a gestão para que os resultados
sociais sejam alcançados.
No vale do Silício, as empresas de tecnologia tem um papel
muito grande nas suas comunidades e elas escolhem investir por meio da Fundação
Comunitária.
Na fundação existem o colaboradores (contribuem com dinheiro
ou capital intelectual) que aconselham e os investidores e técnicos (trabalham
na fundação) que decidem onde serão e como serão aplicados os recursos nos
projetos sociais. Normalmente o foco dos investimentos estão em projetos de
educação.
Em 2009, as distribuição dos investimentos foi a seguinte:
- Educação (57%): US$ 138 milhões;
- Construções Comunitárias: US$ 13 milhões;
- Preservação Ambiental: US$ 22 milhões;
- Saúde: US$ 17 milhões;
- Suporte Familiar: US$ 12 milhões;
- Artes e Cultura: US$ 10 milhões;
- Outras áreas: US$ 12 milhões;
Em 2010, o Facebook doou 100 milhões à Fundação, para serem
investidos em New Wark
(cidade ao lado de Nova York), para as escolas públicas com o objetivo de fortalecer
o ensino de ciências.
Segundo ainda Emmett D. Carson, "Quando você não
investe na comunidade, você cria uma situação de desequilíbrio social que não é
bom para as empresas, as pessoas não saem às ruas, não consomem. Você precisa
da comunidade saudável, com renda, para comprar produtos."
O modelo de fundação comunitária nos Estados Unidos existe
há mais de 20 anos e está sendo difundido pelo mundo. No Brasil, uma iniciativa nos moldes da Fundação Comunitária
do Vale do Silício é a Icom - Instituto Comunitário da Grande Florianópolis,
presidida por Lúcia Dellagnelo.
Fonte:
Blog da Estela Benetti, em "Para imitar o Vale do Silício
no social" 23 de outubro de 2010.
<http://wp.clicrbs.com.br/estelabenetti/2010/10/23/para-imitar-o-vale-do-silicio-no-social/?topo=67,2,18,,,67>.
Acessado em 15 de outubro de 2013.
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