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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

E-volution


Tudo começou em 1993, quando foi criada uma interface gráfica para o uso na internet, chamada NCSA Mosaic. No ano seguinte, surgi a fundação Netscape e de seu primeiro browser, o que possibilitou que um número maior de usuários utilizasse a rede. 
    Por volta de 1999 começou, de fato, a migração das empresas para o âmbito virtual. Na época, as pessoas acreditavam que o fato de uma empresa ter um website, além de significar status e criar uma imagem mais moderna da mesma, era um passo revolucionário para o novo milênio. Assim, empresas, ONGs e outros tipos de organizações passaram a ter seus próprios espaços na grande rede. Os recursos que eram destinados a outros setores foram redirecionados para o desenvolvimento de softwares, ferramentas e web sites na internet. A questão do e-comerce trazia a imagem de um futuro de lucros absurdos. Um dos maiores símbolos desta febre foi a criação da Nasdaq, uma nova bolsa de valores voltada exclusivamente para a área de tecnologia. Com tudo isso, os preços das ações das empresas “pontocom” explodiram positivamente.

    Segundo dados de Jay Ritter, foram 421 ofertas de empresas de internet entre 16/02/1990 e 10/03/2000, sendo 323 entre 1999 e 10/03/2000. Em 1999 e no primeiro trimestre de 2000, 163 ações dobraram de preço no primeiro dia de negociações; para quem gosta de IPO, esse número mostra que as ofertas no Brasil são bem pouco lucrativas no primeiro dia comparado com as ofertas americanas (após 2000, ainda três ofertas dobraram de preço no primeiro dia nos Estados Unidos); para quem não gosta (a turma da “bolha das IPOs brasileiras”) perceba que a valorização no primeiro dia é bem tímida no Brasil. As médias das valorizações no primeiro dia nas ofertas feitas nos Estados Unidos de empresas de tecnologia em 2000 e 2001 foram 57% e 45,6% (ponderado por valor de emissão).

    Essas empresas tiveram tantos investimentos que começaram a valer mais do que elas poderiam produzir e isso causou uma crise catastrófica no ano 2000. Os investidores não conseguiram suportar e começaram a perceber a deficiência que suas empresas estavam tendo (como o fato de suas ações valerem mais do que poderiam produzir) e a "bolha" econômica que tinha sido criado em volta delas. Com isso, eles começaram a retirar os seus investimentos e aplicar em outras áreas da economia, de tal forma que em meses a maior parte das empresas decretou estado de.

    Há males que vem para o bem. Algumas empresas, vendo os riscos que corriam, começaram a criar um estilo próprio de gerência e, com o estouro da bolha, embora tenham sido bastante afetadas, não decretaram falência e cresceram, sendo destaques até hoje, como, por exemplo, Google, Yahoo e, aqui no Brasil, Terra. A forma como essas empresas eram gerenciadas fez tanto sucesso que, hoje, os seus métodos são utilizados por muitas empresas, mesmo que não sejam da área de TI (Tecnologia da Informação). Mesmo com esses casos de grande sucesso, o estouro bolha fez com que a economia mundial visse com maus olhos as empresas pontocom até metade da década.

What a twist!
     Maior banco do mundo, o HSBC Holdings realizou uma pesquisa as relações de P/E das mais novas empresas especialistas em tecnologia. De acordo com suas descobertas, estas novas empresas foram sobrevalorizada em 40%. Na verdade, a única forma para que essas ações fossem devidamente valorizadas, seria se suas receitas cresceram 80% por ano durante cinco anos. No entanto, isso provavelmente teria sido um padrão impossível para qualquer empresa para atender, uma vez que até mesmo a Microsoft apenas uma média de um pouco mais de 50% ao ano.

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