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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

A Bolha da Internet


bolha da Internet ou bolha das empresas ponto com foi uma bolha especulativa criada no final da década de 90, caracterizada por uma forte alta das ações das novas empresas de tecnologia da informação e comunicação (TIC) baseadas na Internet. Essas empresas eram também chamadas "ponto com" (ou "dot com"), devido ao domínio de topo ".com" constante do endereço de muitas delas na rede mundial de computadores. A bolha das "ponto com" cobriu aproximadamente o período de 1995-2000. O clímax registrou-se em 10 de março de 2000, quando o índice Nasdaq chegou a 5.132,52 pontos. Ao longo de cinco anos, as bolsas de valores de países industrializados viram a ascensão rápida do preço das ações das empresas de comércio eletrônico e áreas afins.
Ao longo de 1999 e início de 2000, o U.S. Federal Reserve aumentou as taxas de juros em seis vezes,[3] e a economia começou a perder velocidade. O estouro da bolha das "ponto com", deu-se em 10 de março de 2000, quando o índice de tecnologia pesada Nasdaq Composite chegou a 5,048.62 (intra-dia 5,132.52), mais que o dobro do seu valor em apenas um ano. O índice Nasdaq caiu um pouco, depois disso, o que foi atribuído à correção pela maioria dos analistas de mercado, à inversão real do mercado e, posteriormente, aos resultados adversos nos Estados Unidos, como, por exemplo, o caso daMicrosoft que estava sendo ouvida pelo tribunal federal. A decisão, que a declarou monopólio, era amplamente esperada, já nas próximas semanas antes de seu lançamento em 3 de abril.
Uma possível causa para o colapso da Nasdaq, e todas as "ponto com" que vieram a desabar, foi a ordem de venda maciça de dólares para os “grandes termômetros” da mais alta tecnologia (CiscoIBMDell, etc), devendo ser processadas, simultaneamente, na manhã seguinte em 10 de março, no fim de semana. A venda resultou na NASDAQ abrindo cerca de quatro pontos percentuais, na segunda-feira 13 março, de 5,038 a 4,879 - o maior percentual de 'pré-mercado" para o ano inteiro.
O estouro da bolha ainda pode ter sido relacionado com os maus resultados de varejistas da Internet, após a temporada de Natal de 1999. Esta foi a primeira evidência inequívoca e pública de que a crença no "Get Rich Quick" ("Fique rico depressa") se mostrara falsa para a maioria das empresas. Estes resultados foram divulgados em março, quando os relatórios anuais e trimestrais das empresas públicas foram liberados. Algumas das grandes empresas de comércio ignoraram totalmente os preceitos básicos de economia, presumindo que, graças à Internet - a qual teria originado uma "Nova Economia" - qualquer coisa poderia ser vendida online


Assim como a bolha influenciou negativamente os investimentos na internet por muito tempo, uma nova crise atrapalharia bastante os negócios online. Fica a recordação de maus tempos vividos pela internet, para que agora as empresas possam investir com consciência e muito planejamento.
Apesar do abalo, a rede mundial segue influindo na economia. Conforme dados da AOL/RoperASW, do Ibope e da Receita Federal, 29% dos internautas procuram emprego por meio da rede, 50% planejam férias com a ajuda de sites, 58% organizam eventos sociais, 50% acessam serviços bancários, 69% realizam pesquisa de preços, 3,6 milhões de pessoas fazem compras e 20 milhões declaram o Imposto de Renda via Internet.

De certo modo, a bolha estourou quando as expectativas dos investidores alcançaram o mundo real e descobriu-se que toda aquela rentabilidade sonhada jamais poderia acontecer. Os acionistas haviam deixado de olhar os fundamentos das empresas para especular, pensando que em qualquer esquina havia um novo Bill Gates. A estimativa é que a bolha tenha evaporado com US$ 5 trilhões em investimentos. Especialistas indicam, no entanto, que mesmo com efeitos maléficos sobre quem apostou na especulação, esse período foi determinante e até positivo para que a internet tivesse o tamanho e a importância que tem hoje. Isso porque a corrida pelo ouro colaborou para o desenvolvimento de diversas tecnologias e sites, como o Google – atualmente uma das marcas mais valiosas do planeta. Além disso, foi a pá de cal na popularização da rede: enquanto o número de usuários era de 16 milhões de pessoas em 1995, havia saltado para 957 milhões em 2005 e hoje é de mais de 2 bilhões de pessoas.

Algumas empresas atravessaram o estouro da bolha pontocom e saíram ilesas. Por quê? Era isso que Tim O’Reilly, presidente e fundador da editora O’Reilly Media, queria entender, quando marcou uma sessão de brainstorm com o pessoal da MediaLive International em 2004. Eles analisaram os modelos de negócios de empresas como o Google e aAmazon.com e esboçaram uma lista de pontos em comum responsáveis por esse sucesso, e que serviam como uma espécie de retrato falado das novas regras da internet. A esse conjunto, O’Reilly chamou de Web 2.0 (que significa segunda geração da internet). O principal diferencial das sobreviventes é que elas encaravam a internet como uma plataforma (arquitetura ou padrão de um tipo de computador, ou de um sistema operacional) e não como um produto. Isso significa ver a web não como mais um programa, e sim como algo sujeito a alterações, um ambiente onde o usuário não acessa dados simplesmente, mas pode criar e editar conteúdos.

Dessa forma, essas empresas encontraram um jeito de tirar proveito da inteligência coletiva, permitindo que usuários colaborem com elas na construção e no desenvolvimento de produtos, serviços e conteúdo.

A possibilidade de ler opiniões de consumidores antes de decidir comprar algum produto foi a chave de seu sucesso da Amazon.com. O site permitia que os compradores avaliassem os produtos adquiridos, atribuindo pontos e publicando mensagens escritas. A média dos pontos era exibida ao lado do produto. Além disso, a empresa combinava informações sobre os hábitos de consumo e fazia recomendações do tipo “consumidores que compraram este produto compraram também este”, o que certamente contribui para alavancar as vendas.

Já o Google fez sucesso por oferecer um serviço capaz de localizar na imensidão dos sites da internet as informações que o internauta buscava. Seu serviço era uma combinação de um imenso banco de dados e um robô que vasculhava tudo levando em conta a relevância dos sites em relação às palavras-chaves pesquisadas. Mais tarde, a empresa enveredou pelos mercados de publicidade virtual, serviço de e-mail e softwares online.

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