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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Regulamentação de Ti: um breve aprofundamento.


           A regulamentação de uma profissão é algo muito esperado pelo trabalhador. Seus benefícios vão desde melhor qualidade de trabalho até o reconhecimento merecido.  Recentemente Em 14/06/2012, a PLS 607/2009 foi devolvido pela CAS ao Relator para reexame da matéria. O que tem reincidido questões como:  Será que abordamos todas as possíveis negatividades e positividades?  A quem realmente estaríamos beneficiando? Com base nestas questões, mostro alguns pontos importantes e precários sobre a regulamentação da TI (Tecnologias da Informação).
          
          Um dos possíveis ganhos seria a valorização dos cursos superiores, que servirá de um controlador de qualidade de ensino dos profissionais. Assim como em outras áreas como a medicina, engenharia civil e advocacia existem um padrão de ensino, de mesma forma seria atribuído aos profissionais de TI um padrão acadêmico. Mas uma controvérsia ocorre ai. O fato das tecnologias sempre estarem evoluindo, torna as nossas instituições de ensino muito obsoletas quanto ao mercado de trabalho. O que aprendemos hoje pode simplesmente mudar, como foi o caso de quem aprendia C++ nas turmas de 2005 e que no final do seu curso se depararam com a linguagem Java que até ontem era algo realmente incrível. 
         
          Outro ponto positivo (talvez) seria a segurança de empresas na hora de contratar, pois estará empregando pessoas certificadas pelo órgão regulamentador que lhe atribui “total” confiança.  O pós-graduado pagaria certa taxa por isso, mas em suma, lhe garantiria espaço quase que certo no mercado de trabalho. A realidade é :  Será que um músico diplomado é melhor que um Villa Lobos? Será que um pintor diplomado é melhor do que uma Tarsila do Amaral? Será que um escritor formado será melhor do que Machado de Assis? Será que o Washington Olivetto é um grande publicitário porque é formado? Ah, não, ele nunca concluiu o curso de publicidade da FAAP.
          
           Então o diploma é algo ignorável? Não. Se Linus não tivesse passado pela Universidade de Helsinki, talvez não tivesse criado o Linux. Se Larry Page e Sergey Brin não tivessem feito Ph.D na Universidade de Stanford talvez sequer tivessem se conhecido e nem o Google teria existido. E a lista se segue, James Gosling por Carnegie Mellon, Bill Joy por Berkeley, Bjarne Stroustrup por Cambridge, Dennis Ritchie por Harvard, Yukihiro Matsumoto pela Universidade de Tsukuba. O bom profissional não conclui um curso por que é preciso para conseguir seu emprego, ele faz o curso com o objetivo de acumular seus conhecimentos. “Grandes programadores não são formados. Grandes programadores se formam.” Autor Desconhecido.
          
           Realmente esta lei é bastante complexa o que explica a sua demora ou para ser outorgada, ou para ser arquivada definitivamente. Embora pareça  que eu  seja um "esquerdista", na verdade eu defendo um meio termo, o problema, para variar, é no Brasil. Se fossem dados mais investimentos a área de pesquisas, poderíamos até reconhecer a total segurança da regulamentação, mas por traz disto sempre existem aproveitadores que esperam ganhar lugares onde possam empregar seus familiares e amigos.

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