A
regulamentação de uma profissão é algo muito esperado pelo trabalhador. Seus
benefícios vão desde melhor qualidade de trabalho até o reconhecimento
merecido. Recentemente Em 14/06/2012, a
PLS 607/2009 foi devolvido pela CAS ao Relator para reexame da matéria. O que
tem reincidido questões como: Será que
abordamos todas as possíveis negatividades e positividades? A quem realmente estaríamos beneficiando? Com
base nestas questões, mostro alguns pontos importantes e precários sobre a
regulamentação da TI (Tecnologias da Informação).
Um dos
possíveis ganhos seria a valorização dos cursos superiores, que servirá de um
controlador de qualidade de ensino dos profissionais. Assim como em outras
áreas como a medicina, engenharia civil e advocacia existem um padrão de
ensino, de mesma forma seria atribuído aos profissionais de TI um padrão
acadêmico. Mas uma controvérsia ocorre ai. O fato das tecnologias sempre
estarem evoluindo, torna as nossas instituições de ensino muito obsoletas
quanto ao mercado de trabalho. O que aprendemos hoje pode simplesmente mudar,
como foi o caso de quem aprendia C++ nas turmas de 2005 e que no final do seu
curso se depararam com a linguagem Java que até ontem era algo realmente incrível.
Outro ponto
positivo (talvez) seria a segurança de empresas na hora de contratar, pois
estará empregando pessoas certificadas pelo órgão regulamentador que lhe
atribui “total” confiança. O
pós-graduado pagaria certa taxa por isso, mas em suma, lhe garantiria espaço
quase que certo no mercado de trabalho. A realidade é : Será que um músico diplomado é melhor que um
Villa Lobos? Será que um pintor diplomado é melhor do que uma Tarsila do
Amaral? Será que um escritor formado será melhor do que Machado de Assis? Será
que o Washington Olivetto é um grande publicitário porque é formado? Ah, não,
ele nunca concluiu o curso de publicidade da FAAP.
Então o diploma é algo ignorável?
Não. Se Linus não tivesse passado pela Universidade de Helsinki, talvez não
tivesse criado o Linux. Se Larry Page e Sergey Brin não tivessem feito Ph.D na
Universidade de Stanford talvez sequer tivessem se conhecido e nem o Google
teria existido. E a lista se segue, James Gosling por Carnegie Mellon, Bill Joy
por Berkeley, Bjarne Stroustrup por Cambridge, Dennis Ritchie por Harvard,
Yukihiro Matsumoto pela Universidade de Tsukuba. O bom profissional não conclui
um curso por que é preciso para conseguir seu emprego, ele faz o curso com o
objetivo de acumular seus conhecimentos. “Grandes programadores não são
formados. Grandes programadores se formam.” Autor
Desconhecido.
Realmente esta lei é bastante complexa o que
explica a sua demora ou para ser outorgada, ou para ser arquivada
definitivamente. Embora pareça que eu
seja um "esquerdista", na verdade eu defendo um meio termo, o problema,
para variar, é no Brasil. Se fossem dados mais investimentos a área de
pesquisas, poderíamos até reconhecer a total segurança da regulamentação, mas
por traz disto sempre existem aproveitadores que esperam ganhar lugares onde
possam empregar seus familiares e amigos.
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