A entrada do século XXI foi um momento de grande pujança na
Internet. O bug do milênio não gerou prejuízos e grandes empresas da era
virtual que nasceram de pequenas idéias como MSN-Hotmail, Google, Yahoo e
Amazon contabilizaram lucros nunca imaginados. Ao mesmo tempo, teve início o
tempo das grandes fusões de empresas, como a reunião dos grupos AOL e
Time-Warner.
O mundo estava descobrindo a internet, e as revistas de
negócios só falavam nas empresas “ponto-com", que recebiam toneladas de
investimento e estavam inaugurando a chamada “Nova Economia”, vista então como
anticíclica e de crescimento ilimitado. A chamada "bolha ponto-com” ou
“bolha da Internet", ou seja, a supervalorização das empresas “ponto com”
e de suas ações, que inflava desde 1995, não demoraria muito a estourar.
Empresas, serviços, políticos, ONGs e tantos outros se
colocaram no universo virtual, transformando-o em um espelho do universo real.
O dinheiro de outros setores começava a ser canalizado para sites, produtos e serviços
da rede. O e-commerce surgia como um novo canal de vendas. A Internet prometia
um futuro rico, infinito e cheio de possibilidades. Foi criada uma nova bolsa
de valores especialmente para a “nova economia”: a Nasdaq.
Ao longo de cinco anos as ações das empresas “ponto-com” e
de alta tecnologia subiram vertiginosamente (porém, de maneira inconsistente).
A combinação do rápido aumento dos preços das ações, confiança de mercado que
as empresas depositaram em lucros futuros a especulação em ações individuais e
a ampla disponibilidade de capital de risco criou um ambiente de certa euforia
em que muitos investidores tornaram-se dispostos a ignorar parâmetros
econômicos tradicionais em favor da confiança pela novidade tecnológica que o
conceito “ponto-com” carregava. A
confiança era tão grande à época que, por exemplo, algumas empresas tiveram
disparados os preços de suas ações simplesmente adicionando ao seu nome o
prefixo "e-"ou o sufixo “.com”.
10 de março de 2000. Após atingir o seu ápice, a bolha
estourou. Como resultado, o fim de centenas de pequenas empresas virtuais que
davam seus primeiros passos. Ao longo de 2000, a bolha se esvaziou rapidamente.
No início de 2001, muitas empresas "ponto-com" já estavam em processo
de venda, fusão, redução ou simplesmente quebraram e sumiram do mapa. No entanto, empresas sólidas saíram
praticamente ilesas. Viu-se que o mercado da Internet pode gerar lucros, mas
que, apesar de polpudos, tem limites.
Fontes:
http://tecnologia.terra.com.br/internet10anos
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bolha_da_Internet
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