Aaron
Swartz
Grande defensor do livre acesso público on-line, falava com
fluência sobre política, programação e direitos autorais. Temas que permearam
sua vida.
Aos 14 anos Swartz ajudou a criar o
RSS, uma família de formatos Web, utilizadas para reunir atualizações de blogs,
notícias, áudio e vídeo para seus usuários. Ele também foi co-fundador da rede
social de notícias Reddit, que mais tarde foi vendida. Em
2011, Swartz foi acusado de usar a rede do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts)
para baixar 4,8 milhões de documentos do JSTOR, um repositório pago de artigos
acadêmicos, com a intenção de distribuí-los gratuitamente. O JSTOR e o MIT
retiraram as acusações, mas o Ministério Público dos EUA prosseguiu com o caso.
Swartz poderia ser condenado a mais de 30 anos de prisão e a US$ 1 milhão em
multas.
Swartz, aos 26 anos, se enforcou em seu apartamento. O
fato foi confirmado por sua família em um comunicado. A morte do ciberativista
ocorreu poucas semanas antes dele ir a julgamento pela acusação de ter feito
download irregular de milhões de artigos acadêmicos.
Em
2009 Aaron veio ao Brasil. Foi a Belém e, no Rio, concedeu uma entrevista ao colunista
da Folha de S. Paulo, Ronaldo Lemos. Perguntou como uma
criança podia ter feito tanta coisa, e se ele se via diferente de outros
garotos.
Ele
respondeu: "Não acho que eu seja mais inteligente do que qualquer outro
garoto. Com certeza não trabalho mais duro do que ninguém. Só trabalho em
coisas que acho divertidas".
"O
que eu sempre tive foi curiosidade. Toda criança tem uma curiosidade enorme. A
questão é que a escola absorve essa curiosidade, em vez de deixar as crianças
explorarem por conta própria. Quem tenta fazer algo diferente acaba tendo
problemas. A curiosidade de poucas pessoas sobrevive a isso."
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