Silício e
as indústrias eletrônicas
O primeiro passo na fabricação de processadores
consiste, obviamente, na obtenção de matéria-prima. Geralmente, os chips são
formados por silício, e com os processadores não é diferente.
O silício é um elemento químico extremamente abundante, tanto que é considerado
o segundo mais comum na Terra. É possível extraí-lo de areia, granito, argila,
entre outros.
Esse elemento químico é utilizado para a
constituição de vários materiais resistentes
como vidro e cerâmica. No entanto, é também semicondutor, isto é, tem a
capacidade de conduzir eletricidade. O silício é termicamente mais estável do que o germânio, podendo ser usado a
temperaturas ambiente de até 150oC. Isso permite reduzir as perdas
de corrente, elevando o rendimento e simplificando os métodos de refrigeração
dos dispositivos feitos de silício. Esses aspectos, juntamente com sua abundância e baixo custo, justificam a
ampla predominância atual do uso do silício como matéria-prima para a
construção de componentes semicondutores na indústria eletrônica, apesar de que
a condutividade do germânio é bastante superior à do silício.
Para você ter uma ideia da importância desse
material, a concentração de empresas que utilizam silício em seus produtos
eletrônicos em várias cidades da Califórnia, nos EUA, fez com que a região
recebesse o nome de Vale do Silício (Silicon Valley). É lá que
estão localizadas, por exemplo, as sedes da AMD
e da Intel, as maiores fabricantes de
microprocessadores do mundo.
O que é o
Vale do Silício
O Vale
do Silício, na Califórnia, Estados Unidos, é uma região na qual está situado um conjunto de empresas
implantadas a partir da década de 1950 com o objetivo de gerar inovações científicas e tecnológicas,
destacando-se na produção de Chips, na eletrônica e informática.
Ele recebeu esse nome por causa da segunda onda
de empresas de tecnologia que se instalaram na área, a partir de 1956, quando
William Shockley, um dos pais do transistor, criou a Shockley Semiconductor
Laboratory na cidade de Mountain View.
Shockley destinado a substituir o transistor
atual com um novo design de três elementos (hoje conhecido como o diodo
Shockley), mas o projeto era muito mais difícil construir do que o transistor
"simples". Em 1957, Shockley decidiu encerrar a investigação sobre o transistor de silício. Como resultado
do estilo de Shockley gestão abusiva, oito engenheiros deixou a empresa para
formar Fairchild Semiconductor. Dois dos funcionários originais da Fairchild
Semiconductor, Robert Noyce e Gordon Moore, iria a fundar a Intel.
O silício é a principal matéria-prima dos
processadores fabricados por empresas como a Fairchild Semiconductor e a Intel,
que surgiram na região logo depois do laboratório de William Shockley. O nome
Vale do Silício foi criado por Ralph Vaerst, que foi fundador e investidor em
várias empresas na região.
Depois das empresas de semicondutores, o Vale foi
palco de outras ondas tecnológicas, com empresas de computadores, equipamentos
de telecomunicações, software e internet como Apple Inc., Aletra, Google, Facebook, NVIDIA Corporation, Eletronic Arts, Symantec,
Advanced Micro Devices ()AMD, eBay, Maxtor, Yahoo!, Hewlett-Packard (HP), Intel, Foursy, Microsoft (hoje está em Remond,
próximo a Aeattle,
entre muitas outras.
A industrialização dessa região teve início nos anos 90,
mas o impulso para o seu desenvolvimento se deu com a Segunda Guerra Mundial e principalmente
durante a Guerra Fria,
devido à corrida armamentista e aeroespacial. Foram
as indústrias
eletrônicas do Vale do Silício que forneceram transistores para mísseis e
circuitos integrados para os computadores que guiaram as naves Apollo.
Surgimento
Silicon Valley foi criada como um meio de
inovações pela convergência em um site de novos conhecimentos tecnológicos; um
grande grupo de engenheiros qualificados e cientistas das principais
universidades na área, o financiamento generoso de um mercado assegurado com o
Departamento de Defesa, o desenvolvimento de um eficiente rede de empresas de
capital de risco, e, na fase inicial, a liderança institucional da Universidade
de Stanford.
A indústria começou através da experimentação e
inovação nas áreas de rádio, televisão e produtos eletrônicos militares.
Stanford University, suas afiliadas, e os graduados têm desempenhado um papel
importante no desenvolvimento desta área. Alguns exemplos incluem o trabalho de
Lee De Forest com a sua invenção de um tubo de vácuo pioneiro chamado Audion e
os osciloscópios da Hewlett-Packard.
Durante os anos 1940 e 1950, Frederick Terman, como reitor da Universidade de Stanford da engenharia e reitor,
incentivou professores e graduados para começar suas próprias empresas. Ele é
creditado com carinho Hewlett-Packard, Varian Associates, e outras empresas de
alta tecnologia, até que se tornaria o Vale do Silício cresceu em torno do
campus de Stanford. Terman é muitas vezes chamado "o pai do Vale do
Silício".
Brasileiros também estão conquistando os seus
espaços naquela região e pelo menos cinco deles se destacam ao trabalhar com
produtos de grande renome e decisivos para o cenário atual, como Android,
Kinect e Instagram.
Entre eles temos a brasileira Isabel Pesce Mattos
que fundou a empresa Lemon, que também é o nome do aplicativo criado pela
companhia de Bel, usado para ser uma espécie de carteira virtual. Esse app é
capaz de controlar seus gastos em diversos cartões e, também, organizar de
maneira virtual os recibos e notas fiscais entregues coletados durante as
compras. Mike Krieger, co-fundador do Instagram: um aplicativo para iPhone que
simulasse efeitos de câmeras antigas que foi vendido ao Facebook por 1 bilhão
de dólares. Paulo da Silva desenvolvedor no Grooveshark,
site que conta com cerca de 15 milhões de músicas para serem ouvidas
livremente, via streaming, por mais de 30 milhões de usuários cadastrados. Hoje,
Paulo é programador sênior do Grooveshark e vive na Flórida. Alex Kipman: o
responsável pelo Kinect, acessório usado pelo Xbox para reconhecer os movimentos
físicos do jogador como forma de interação com os games. Hugo Barra, gerente
mundial do Android.
fontes:
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