Sabe-se
que o reconhecimento dos profissionais de TI no mercado de trabalho anda em
baixa, acredito que essa desvalorização é o reflexo do crescimento desordenado
e desenfreado da demanda por tecnologia e soluções tecnológicas que por sua vez
requerem cada vez mais mão de obra qualificada na área, mesmo que esta
qualificação não seja formal, o que muitas vezes contribuiu para o
desenvolvimento de sistemas criativos, visto que a área de TI está muito
associada à criatividade dos profissionais. Com o constante crescimento da
comunidade de profissionais de TI no Brasil, a regulamentação das profissões
destes profissionais se faz cada vez mais necessária, porque o ponta pé inicial
para a valorização destas profissões, sem dúvida é a regulamentação, que
definirá seus direitos e deveres perante a sociedade, definindo de forma clara
as características de atuação e responsabilidades de cada profissão atrelada à
área de TI.
Com a
regulamentação, se constituiria um Conselho de Classe com o papel inerente de
regulamentar e principalmente fiscalizar o exercício profissional,
identificando as especializações desses e limitando suas atribuições em
correspondência com sua formação curricular, além de amparar a sociedade e os
próprios profissionais respaldado em um Código de Ética. Os profissionais ganhariam com
o aumento da representatividade da classe perante à sociedade e esta teria um
canal formal de denúncia para os maus profissionais da área.
Muitos não
são a favor da regulamentação das profissões de TI por entenderem que isso
retiraria a liberdade do exercício da profissão e causaria restrições sérias
para a demanda já reprimida pela falta de profissionais no mercado, impactando
sobretudo na parcela de muitos profissionais competentes sem a devida formação,
os chamados práticos. Uma solução viável - já utilizada por outros Conselhos e
afins - para o problema seria incorporar no momento da criação do Conselho
esses profissionais à entidade mediante comprovação da experiência
profissional no ramo ou através de instrumentos de avaliação capazes de
mensurar o conhecimento adquirido necessário para a obtenção do título
profissional na área competente.
A regulamentação da profissão de T.I. não garante a valorização da classe de profissionais. Sabe-se que não é necessário possuir nível superior na área para poder ser um bom profissional. As empresas também sabem disso, mesmo com a regulamentação da profissão, vão continuar contratando cada vez mais esses profissionais não graduados A valorização não vem diretamente através de um regime de normas reguladoras. A área de T.I. possui uma grande demanda de profissionais, temos diversas vagas para emprego em várias áreas do Brasil. O que acontece é que vivemos em constante renovação, esse cenário é difícil de acompanhar e exige bastante do profissional.
ResponderExcluirAs empresas também devem ter liberdade de contratar quem ela achar necessário para o funcionamento da mesma, independente de diploma ou regulamentação. A importância do trabalho realizado pelo profissional é que vai definir seu salário. Isso força o desenvolvimento profissional e especialização por parte dos profissionais da área. Gerando uma concorrência forte entre a mão-de-obra o que faz alavancar ainda mais o nível dos profissionais da área