A regulamentação das profissões de TI em geral já tramita há
mais de 10 anos no Congresso Nacional, de acordo com ela as profissões a serem
regulamentadas são aquelas cujo exercício representa um risco para a sociedade,
quando exercidas de forma incorreta. Claro que existem softwares criados ou manuseados
de forma incorreta apresentam “riscos para a sociedade”. Mas isto não justifica
pagarmos o custo de regulamentar todas as atividades de TI.
Todos os projetos de regulamentação fixam um prazo de
experiência mínima (cinco anos, em vários casos), para que os profissionais
permitam continuar a exercer legalmente sua função. Porém o que o irá ocorrer
com os que não possuem essa experiência que a lei impõe? Serão demitidos dos
seus cargos? E as empresas que possuem profissionais com esse tipo de perfil? Será
preciso fechar a empresa? Precisamos encontrar uma solução intermediária para
aumentar o nível de confiança da sociedade apenas quando necessário, sem gerar
custos desnecessários ou um “engessamento” do mercado de trabalho, pois qualquer
que seja o projeto aprovado é preciso muito cuidado com as regras de transição
para a nova situação a ser criada e que atendam aos interesses coletivos nos
profissionais na área de TI.
O curso superior de fato é um diferencial e o próprio
mercado define a necessidade de curso superior ou não, o que se deve buscar com
a regulamentação é criar um conselho com a finalidade de definir e manter um
Código de Ética e aplicá-lo no setor de Informática, visando a proteção da
sociedade e a defesa dos profissionais. Mas fazer com que todo profissional de
TI seja obrigado a ter nível superior na área, não é um caminho que se deve
buscar, pois muitas das inovações que vemos na área são desenvolvidas por
pessoas sem nível superior, mas com alto grau de conhecimento da área. E de acordo
com os dados do Sindpd (Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados e
Tecnologia da Informação do Estado de São Paulo), há mais de 600 mil
profissionais que atuam na área de TI e que pretendem e estão a crescer a cada
ano no Brasil.
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