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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Aaron Swartz


     Nascido em Chicago no ano de 1986, Aaron Swartz deixa seu nome na programação e no ativismo político através de inúmeros feitos e ideais. 
     Com a influência do seu pai, proprietário de uma companhia de software, Aaron passou boa parte de sua infância, adolescência e início da fase adulta dedicando-se a programação e seus ideais de política, sociologia, defensoria da internet livre, criando mecanismos de compartilhamento de dados e criticando com afinco a forma como a sociedade global está se estruturando contra as liberdades básicas. Mais que isso intrinsecamente deixa um recado revolucionário: "A mudança começa em cada um. Todo indivíduo possui autonomia para pensar e contestar o que está posto. Às vezes você se sente impotente e muito pequeno, mas a realidade é diferente. As coisas são assim porque fomos levados a acreditar que somos impotentes."- Aaron Swartz.
     Notável desde muito cedo, destacou-se aos 13 anos quando foi ganhador do prêmio ArsDigita (competição para websites não-comerciais). Com a vitória teve a oportunidade de conhecer a  Massachusetts Institute of Technology (MTI). Onde aos 14 anos ingressou no grupo de elaboração da versão 1.0 do Rich Site Summary (RSS).
     Aos 16 anos frequentou a Universidade de Stanford, mas a abandonou, dedicando-se a fundação de novas companhias.
     Aos 17 ingressou na equipe do Creative Commons, participando de importantes debates sobre propriedade intelectual e licenças open-sources.
    No ano de 2006 ingressou na equipe de programadores da Reddit, ainda no mesmo ano tornou-se colaborador da Wikipedia e realizou pesquisas importantes sobre o modo de funcionamento da plataforma colaborativa (cf. 'Who Writes Wikipedia?). 
    Depois criou o Guerilla Open Access, com o objetivo de tirar a morosidade dos cientistas, que não lutam pelo livre acesso aos resultados de suas pesquisas ( a maioria dos bancos de pesquisas acadêmicas cobram acesso, o JSTOR por exemplo cobra 19 dólares.)    Em 2007, fundou a Jottit, uma ferramenta que permite a criação simplificada de websites. 
    Pouco tempo depois Swartz tornou-se uma figura conhecida entre os programadores e grupos de financiamento dedicados a start-ups de tecnologia. Então, eis que surge o seu diferencial, a inteligência, dedicação e brilhantismo de Aaron Swartz pareciam não servir para empreendimentos capitalistas.
    Swartz não queria ficar rico com seu trabalho, mas sim desenvolver ferramentas e instrumentos, através da linguagem de programação virtual, para aprofundar a experiência colaborativa e de cooperação da sociedade.
    Seus ideais lhe valiam mais que ouro. Isto fica cada vez mais evidente a medida que Aaron entra em discussão sobre as transformações sociais e econômicas provocadas pela internet, tornando-se, aos poucos, uma figura pública e um extraordinário orador nos debates sobre a "sociedade em rede". 
     Para seu desatino, Aaron utilizou um computador do Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT) e baixou milhões de trabalhos científicos protegidos dos sistemas do JSTOR, um sistema online e pago que arquiva artigos científicos. Nunca se soube o que ele pretendia fazer com os arquivos, baixados de forma completamente legal, mas é POSSÍVEL que todos eles fossem compartilhados posteriormente. O governo resolveu usar o caso como exemplo, mesmo o MIT e o próprio JSTOR retirando o processo contra Swartz, abriu-se um processo público - que logo se transformou em 13 processos, incluindo coisas como: "fraude eletrônica" , "invasão de sistemas protegidos" e alguns outros absurdos legais. 
     Sua pena poderia chegar a 35 anos de prisão e  1 milhão de dólares ( sendo cogitada multa de 1 bilhão de dólares), algo sem precedentes e extremamente abusivo. 
    Aaron cometeu suicídio durante o processo,  encontrado morto em seu apartamento, em Nova York, no dia 11 de janeiro. Ele tinha 26 anos. A causa da morte foi enforcamento.
Familiares afirmam que os acontecidos acometeram a saúde mental do rapaz, que já sofria de depressão e lutava contra desde 2007.
    O jornalista Glenn Greenwald afirmou que Swartz "foi destruído por um sistema de 'justiça' que dá proteção aos criminosos mais ilustres - desde que sejam integrantes dos grupos mais poderosos do país, ou úteis para estes - , mas que pune sem piedade e com dureza incomparável quem não tem poder, e em especial, quem desafia o poder." 


      REFERÊNCIAS 

http://mobground.net/rip-aaron-swartz/
http://br.mulher.yahoo.com/blogs/amigo-gay/morte-aaron-swartz-e-o-papel-cada-um-154033552.html




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