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domingo, 20 de janeiro de 2013

Aaron Swartz - A vitima do Sistema



   Aaron swartz era um gênio já aos 14 anos que acreditava na liberdade da informação. Seu ideal lhe custou à vida, se suicidou jovem aos 26 anos deprimido pela perseguição do governo norte-americano que ansiava fazer dele um exemplo.

   Aaron Talvez seja a primeira vitima fatal do controle da internet que vem aos poucos se espalhando entre as nações que não desejam que a informação circule livremente.

   Desde os 14 anos, Aaron era uma das mentes mais brilhantes e influentes da internet. Aaron era do tipo que prefere lutar por seus ideais ao invés de ganhar dinheiro através de suas habilidades. 

   RSS é daquelas siglas que poucos conhecem, mas sem as quais a internet não funciona. È uma forma de fazer assinatura na rede. Hoje a tecnologia é usada para que as informações fluam pelas redes sociais. Não é nunca trivial estabelecer um padrão geral, simples, aberto, com o quais inúmeros fabricantes sinta-se à vontade, que todos aceitem. Aaron foi um dos seus criadores, aos 14 anos.

   Aaron fez dinheiro com o Reddit. É, hoje, um dos sites mais visitados do mundo. Nele, os usuários colocam no ar links para o que consideram mais interessantes. Estes links ganham votos para cima e para baixo, o material mais bem votado vai a capa (curadoria coletiva). Boa parte do sistema que mantém o Reddit no ar saiu do computador do jovem programador. Posteriormente o Reddit foi vendido a uma das maiores revistas dos Estados Unidos.

   Ele acreditava em liberdade do fluxo de informações de interesse público. Bom não confundir com pirataria de esquina. Nunca se meteu com músicas ou filmes. Seu primeiro feito foi entrar no sistema Pacer, baixar 20% do conteúdo e publicá-lo gratuitamente online. O Pacer é o banco de dados onde estão todas as decisões judiciais tomadas nos EUA. Tudo em domínio público, embora o Pacer cobre taxas para o acesso. O FBI entrou na investigação, tentou cercá-lo de toda forma, mas ninguém foi capaz de descobrir uma lei que tivesse quebrado.

   Estudante em Harvard, Aaron foi além. Tinha acesso ao Jstor, o principal banco (pago) de papers acadêmicos. As universidades americanas pagam para que seus alunos possam consultar o trabalho de cientista publicado livremente. Porque tinha acesso legal, Aaron baixou milhões de papers, muito deles de domínio publico, nem todos. aí tornou tudo disponível . Desta vez, o FBI tinha uma razão para investigá-lo. Prendeu-o, foi solto por ordem do juiz, aguardava o julgamento em liberdade.

   Seus principais amigos consideraram que errou. Mas, juridicamente, o caso é complicado. A turma do Jstor decidiu que não queria processar. Universidades, que pagam peã assinatura, são suas principais clientes e não iam deixar de pagar pelo serviço. O MIT em cuja rede Aaron estava ligado quando fez download, se absteve. E papers acadêmicos são, por natureza, já trocados livremente por cientistas. Não são como um DVD, um livro, Um disco, a discussão sobre direitos autorais é tensa no meio cientifico. Preocupam-se mais com autoria. Afinal, é justamente para que informações científicas circulem com rapidez e facilidade que a internet foi criada. Não foi a toa que diferentemente da indústria cultural, a turma do Jstor simplesmente tirou o corpo fora do processo.

   Mesmo que os principais prejudicados não quisessem levar o caso à justiça, o governo decidiu processá-lo. Mais, quis fazer um exemplo na luta contra a pirataria. Queria uma pena de 30 anos. Nenhum pirata real jamais foi condenado a tanto.

   Um único excesso de juventude, a falta de proporção – Mais para Tirania corporativista – Do governo dos EUA e, aparentemente, uma depressão clinica custaram ao mundo um grande talento.

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