Aaron swartz era um gênio já aos 14 anos que acreditava na
liberdade da informação. Seu ideal lhe custou à vida, se suicidou jovem aos 26
anos deprimido pela perseguição do governo norte-americano que ansiava fazer
dele um exemplo.
Aaron Talvez seja a primeira vitima fatal do controle da
internet que vem aos poucos se espalhando entre as nações que não desejam que a
informação circule livremente.
Desde os 14 anos, Aaron era uma das mentes mais brilhantes e
influentes da internet. Aaron era do tipo que prefere lutar por seus ideais ao
invés de ganhar dinheiro através de suas habilidades.
RSS é daquelas siglas que poucos conhecem, mas sem as quais
a internet não funciona. È uma forma de fazer assinatura na rede. Hoje a
tecnologia é usada para que as informações fluam pelas redes sociais. Não é nunca
trivial estabelecer um padrão geral, simples, aberto, com o quais inúmeros
fabricantes sinta-se à vontade, que todos aceitem. Aaron foi um dos seus criadores,
aos 14 anos.
Aaron fez dinheiro com o Reddit. É, hoje, um dos sites mais
visitados do mundo. Nele, os usuários colocam no ar links para o que consideram
mais interessantes. Estes links ganham votos para cima e para baixo, o material
mais bem votado vai a capa (curadoria coletiva). Boa parte do sistema que mantém
o Reddit no ar saiu do computador do jovem programador. Posteriormente o Reddit
foi vendido a uma das maiores revistas dos Estados Unidos.
Ele acreditava em liberdade do fluxo de informações de
interesse público. Bom não confundir com pirataria de esquina. Nunca se meteu
com músicas ou filmes. Seu primeiro feito foi entrar no sistema Pacer, baixar
20% do conteúdo e publicá-lo gratuitamente online. O Pacer é o banco de dados
onde estão todas as decisões judiciais tomadas nos EUA. Tudo em domínio público,
embora o Pacer cobre taxas para o acesso. O FBI entrou na investigação, tentou
cercá-lo de toda forma, mas ninguém foi capaz de descobrir uma lei que tivesse
quebrado.
Estudante em Harvard, Aaron foi além. Tinha acesso ao Jstor,
o principal banco (pago) de papers acadêmicos. As universidades americanas pagam
para que seus alunos possam consultar o trabalho de cientista publicado
livremente. Porque tinha acesso legal, Aaron baixou milhões de papers, muito
deles de domínio publico, nem todos. aí tornou tudo disponível . Desta vez, o
FBI tinha uma razão para investigá-lo. Prendeu-o, foi solto por ordem do juiz, aguardava
o julgamento em liberdade.
Seus principais amigos consideraram que errou. Mas, juridicamente,
o caso é complicado. A turma do Jstor decidiu que não queria processar.
Universidades, que pagam peã assinatura, são suas principais clientes e não iam
deixar de pagar pelo serviço. O MIT em cuja rede Aaron estava ligado quando fez
download, se absteve. E papers acadêmicos são, por natureza, já trocados
livremente por cientistas. Não são como um DVD, um livro, Um disco, a discussão
sobre direitos autorais é tensa no meio cientifico. Preocupam-se mais com
autoria. Afinal, é justamente para que informações científicas circulem com
rapidez e facilidade que a internet foi criada. Não foi a toa que
diferentemente da indústria cultural, a turma do Jstor simplesmente tirou o
corpo fora do processo.
Mesmo que os principais prejudicados não quisessem levar o
caso à justiça, o governo decidiu processá-lo. Mais, quis fazer um exemplo na
luta contra a pirataria. Queria uma pena de 30 anos. Nenhum pirata real jamais
foi condenado a tanto.
Um único excesso de juventude, a falta de proporção – Mais para
Tirania corporativista – Do governo dos EUA e, aparentemente, uma depressão
clinica custaram ao mundo um grande talento.
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