Aaron Swartz, morto após cometer suicídio em seu apartamento no dia 11 desse mês, era um dos ativistas mais importantes na luta pela liberdade na rede.
Gênio da informática, com apenas 14 anos foi co-autor do RSS e aos 15 já se mostrava envolvido na causa pelos direitos autorais na internet, estando no grupo criador da licença creative commons. O seu site, DemandProgress.org, foi criado em 2010, em campanha contra os projetos de lei Sopa e Pipa, diante das ameaças de censura e controle da internet que estes apresentavam. Aaron também também é responsável pela criação do Reddit, site que permite compartilhar conteúdos da web.
Em 2011, Aaron foi acusado de hackear servidores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e baixar ilegalmente mais de 4 milhões de artigos acadêmicos. As acusações somavam uma pena de mais de 30 anos de prisão. Segundo os amigos e familiares, a pressão exercida pelas acusações em andamento foi parcialmente culpada pelo trágico suicídio do ativista.
A tragédia fez suscitar novamente o debate sobre temas relacionados às leis que regem os conceitos sobre direitos autorais, propriedade intelectual e crimes na internet, incitando reações de grupos como o Anonymous e Wikileaks. O último chegou a revelar, pelo twitter, ligações de Aaron com Julian Assange, fundador da organização, dando a entender que Aaron seria uma das fontes de informação.
A relação com Wikileaks ponhe em dúvida os verdadeiros interesses da promotoria americana sobre Swartz, podendo este ter sido alvo do serviço secreto para se chegar à organização - responsável por divulgar documentos confidenciais de vários governos, principalmente o americano.
"Informação é poder. E, como todo poder, há quem queira mantê-lo só para seu uso", escreveu Swartz em um manifesto online de 2008. Esta afirmação parece ser o verdadeiro motivo das acusações sofridas por ele e o verdadeiro motivo pelo qual ainda há muito para se lutar por uma internet livre.
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