Aaron Swartz nasceu em novembro de 1986 em Chicago e por influência de seu pai que era dono de uma empresa de software passou a infância e juventude estudando programação. Aos 14 anos, entrou no grupo de trabalho de elaboração da primeira versão do RSS. Aos 16 frequentou e abandonou a Universidade de Stanford, dedicando-se a criação de novas empresas, em 2006, ingressou na equipe de programadores da Reddit, plataforma aberta que permite que membros votem em histórias e discussões importantes. No mesmo ano, tornou-se colaborador da Wikipedia e realizou pesquisas importantes sobre o modo de funcionamento da plataforma. Aos 21 anos, Aaron ingressou em círculos de discussão sobre as transformações provocadas pela Internet.
Em 2008, indignado com a falta de ação dos cientistas com relação ao controle das informações por grandes corporações, Swartz publicou um manifesto intitulado Guerilla Open Access Manifesto (Manifesto da Guerrilha pelo Acesso Livre).
“Não há justiça em seguir leis injustas. É hora de vir à luz e, na grande tradição da desobediência civil, declarar nossa oposição a este roubo privado da cultura pública. Precisamos levar informação, onde quer que ela esteja armazenada, fazer nossas cópias e compartilhá-la com o mundo. Precisamos levar material que está protegido por direitos autorais e adicioná-lo ao arquivo. Precisamos comprar bancos de dados secretos e colocá-los na Web. Precisamos baixar revistas científicas e subi-las para redes de compartilhamento de arquivos. Precisamos lutar pela Guerilla Open Access. Se somarmos muitos de nós, não vamos apenas enviar uma forte mensagem de oposição à privatização do conhecimento – vamos transformar essa privatização em algo do passado”.
Em 2011, Swartz foi acusado de usar a rede do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) para baixar 4,8 milhões de documentos do JSTOR, um repositório pago de artigos acadêmicos, com a intenção de distribuí-los gratuitamente. O JSTOR e o MIT retiraram as acusações, mas o Ministério Público dos EUA prosseguiu com o caso. Swartz poderia ser condenado a mais de 30 anos de prisão e a US$ 1 milhão em multas. Swartz morreu em 11 de janeiro de 2013, ao enforcar-se em seu apartamento no Brooklyn, em Nova York.
Aaron Swartz sempre acreditou que todo indivíduo possui autonomia para pensar e contestar o que está posto. O conhecimento pode ser compartilhado, softwares podem ser desenvolvidos em conjunto e projetos podem ser executados com o financiamento coletivo. Swartz tentou mobilizar os usuários de Internet para construção de um outro mundo.
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