REGULAMENTAÇÃO
DA PROFISSÃO T.I
O
Debate sobre a regulamentação da profissão na área de Informática ganhou mais
um capítulo no Senado Federal. Nesta terça-feira, 11/11, a Comissão de
Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) atendendo a requerimento do Senador
Jarbas Vasconcelos (PMDB/PE), realizou uma
audiência pública para discutir a regulamentação da profissão de
Analista de Sistemas, proposta em projeto de lei (PLS 607/07) pelo senador
Expedito Júnior (PR-RO). A matéria já tramitou nas Comissões de Ciência,
Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) e de Assuntos Sociais
(CAS), onde foi aprovada, sem qualquer restrição pelos seus integrantes. O tema
é polêmico e a Audiência Pública mostrou a divisão entre os diversos segmentos
que representam os profissionais da área de Informática.Participaram
da Audiência Pública o professor do Departamento de Ciência da Computação da
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Roberto Bigonha; o presidente da
Sociedade Brasileira de Computação (SBC), José Carlos Maldonado; o presidente
da Federação Nacional das Empresas de Serviços Técnicos de Informática e
Similares (Fenainfo), Maurício Mugnaini; o presidente do Sindicato de
Profissionais de Processamento de Dados do Estado de São Paulo e da Central
Geral de Trabalhadores do Brasil (CGTB), Antônio Fernandes dos Santos Neto; e o
representante do Ministério do Trabalho, Márcio Alves Borges.
Se
já tem divisão na área de Analistas de Sistemas, o debate ganhou um novo
ingrediente: O relator do PL, senador Expedito Junior aproveitou o evento para
tentar ampliar o escopo da proposta: Para ele, o momento é de regulamentar toda
a profissão de Informática, e não apenas pensar nos Analistas de Sistemas.
Maldonado,
da SBC e Bigonha, da UFMG, reagiram à tese. Eles defenderam a liberdade de exercício
da profissão, uma vez que profissionais de outras áreas, como Medicina e
Engenharia, atuam como colaboradores e desenvolvedores e ficariam proibidos de
trabalhar na área de Informática.
Os
professores entregaram ao presidente da CCJ, senador Marco Maciel (DEM-PE), uma
minuta de projeto de lei estabelecendo que "é livre em todo território
nacional o exercício de qualquer atividade econômica, ofício ou profissão
relacionada com a informática, independentemente de diploma de curso superior,
comprovação de educação formal ou registro em conselhos de profissão".
Para
os professores, o importante é a qualidade do serviço prestado. Na visão deles,
o projeto de lei em análise na CCJ criaria uma reserva de mercado. Eles também
avaliam que o controle da profissão seria feito através do controle de
qualidade do produto, como é feito no mercado mundial.
Na
área sindical, no entanto, a liberdade de exercício da profissão não é a saída.
Antônio Fernandes, da Central Geral de Trabalhadores do Brasil, defendeu a
regulamentação comparando com outras profissões, onde o exercício é restrito.
"Todas as profissões fazem a sua reserva", afirmou.
O
sindicalista disse que não colocaria obstáculos a uma alternativa que
permitisse a outros profissionais exercerem a profissão de Analista de
Sistemas.
"Queremos
encontrar uma solução. Criemos algo na lei que dê abertura às intersecções. O
que não pode é dizer que não deve ter um regulamento. Queremos a
regulamentação, sim", completou Fernandes, em nome da CGTB.
O
representante do Ministério do Trabalho, Márcio Borges, adotou uma postura
cautelosa. Ele ressaltou que a preocupação do governo é a de resguardar
direitos sem criar reserva de mercado.
Borges,
no entanto, alertou para a falta de responsabilidades e sanções no projeto de
lei e de critérios para o registro profissional, caso sejam criados conselhos.
O
senador Jarbas Vasconcelos, responsável pela convocação da Audiência Pública,
repetiu que o assunto é complexo e que é preciso defender também a demanda das
pessoas que não são analistas.
Ele
assinalou que o relator na CCJ, senador Marconi Perillo (PSDB-GO), se dispôs a
encontrar um caminho junto com o relator na CCT, senador Eduardo Azeredo
(PSDB-MG). Em função do impasse não há previsão de quando o PL 607/07 será
votado na CCJ.
*Fonte:
Agência Senado
opinião
Existem
muitos pontos que contam contra a regulamentação, até mesmo o fato de todos os
profissionais da área passarem a ter o mesmo direito trabalhista, o que não
agrada a muitos, porem acredito que o importante é vc ser um profissional
diferenciado como relata a opinião dos professores segundo a agencia do senado
Segundo
a mesma o representante do Ministério do Trabalho, Márcio Borges,
adotou uma postura cautelosa. Ele ressaltou que a preocupação do governo é a de
resguardar direitos sem criar reserva de mercado.
Já o
senador Jarbas Vasconcelos, responsável pela convocação da Audiência Pública,
repetiu que o assunto é complexo e que é preciso defender também a demanda das
pessoas que não são analistas.
Para
mim a regulamentação pode ser uma saída já que muitos profissionais saem a
preço de banana, prejudicando outros colegas de profissão não sei se nesse caso
o que importaria seria economizar ou ter algo de qualidade.
A nossa discussão na aula passada foi bem proveitosa, o tema é bastante polêmico e com certeza não chegaremos a um consenso. Baseado nos argumentos da SBC e de vários professores que defendem a não aprovação do projeto de lei da forma como está sendo sugerido, eu prefiro posicionar-se a favor da regulamentação principalmente pelo fato do reconhecimento da profissão e da valorização dos profissionais que cursaram um nível superior em detrimento de pessoas que tem afinidade com a informática. Segundo o professor Roberto da Silva Bigonha argumenta que o caminho mais eficiente para se obter competência profissional é o da diplomação em curso superior de área específica ministrado por instituição de ensino superior regulamentada pelo MEC. Ainda segundo o professor, os cursos de informática devem ou pelo menos deveriam atestar uma formação técnica especializada, além de propiciar uma preparação para a vida, com os conhecimentos necessários à mobilidade entre profissões.
ResponderExcluirPor isso, entendo que o ponto-chave deveria ser um fortalecimento nos cursos da área de informática para que assim não haja tantos desencontros entre os papéis de cada profissional , por exemplo, administrador, economista, etc. todos migrando para o campo da informática sem nenhuma regulamentação sobre esse aspecto.
www.dcc.ufmg.br/~bigonha/Sbc/plsbc.html
http://homepages.dcc.ufmg.br/~bigonha/Sbc/pl1561-justifica.html
www.sbc.org.br › Relações Profissionais
www.profissionaisti.com.br/.../regulamentacao-do-prof