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quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO T.I
O Debate sobre a regulamentação da profissão na área de Informática ganhou mais um capítulo no Senado Federal. Nesta terça-feira, 11/11, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) atendendo a requerimento do Senador Jarbas Vasconcelos (PMDB/PE), realizou uma  audiência pública para discutir a regulamentação da profissão de Analista de Sistemas, proposta em projeto de lei (PLS 607/07) pelo senador Expedito Júnior (PR-RO). A matéria já tramitou nas Comissões de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) e de Assuntos Sociais (CAS), onde foi aprovada, sem qualquer restrição pelos seus integrantes. O tema é polêmico e a Audiência Pública mostrou a divisão entre os diversos segmentos que representam os profissionais da área de Informática.Participaram da Audiência Pública o professor do Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Roberto Bigonha; o presidente da Sociedade Brasileira de Computação (SBC), José Carlos Maldonado; o presidente da Federação Nacional das Empresas de Serviços Técnicos de Informática e Similares (Fenainfo), Maurício Mugnaini; o presidente do Sindicato de Profissionais de Processamento de Dados do Estado de São Paulo e da Central Geral de Trabalhadores do Brasil (CGTB), Antônio Fernandes dos Santos Neto; e o representante do Ministério do Trabalho, Márcio Alves Borges.
Se já tem divisão na área de Analistas de Sistemas, o debate ganhou um novo ingrediente: O relator do PL, senador Expedito Junior aproveitou o evento para tentar ampliar o escopo da proposta: Para ele, o momento é de regulamentar toda a profissão de Informática, e não apenas pensar nos Analistas de Sistemas.
Maldonado, da SBC e Bigonha, da UFMG, reagiram à tese. Eles defenderam a liberdade de exercício da profissão, uma vez que profissionais de outras áreas, como Medicina e Engenharia, atuam como colaboradores e desenvolvedores e ficariam proibidos de trabalhar na área de Informática.
Os professores entregaram ao presidente da CCJ, senador Marco Maciel (DEM-PE), uma minuta de projeto de lei estabelecendo que "é livre em todo território nacional o exercício de qualquer atividade econômica, ofício ou profissão relacionada com a informática, independentemente de diploma de curso superior, comprovação de educação formal ou registro em conselhos de profissão".
Para os professores, o importante é a qualidade do serviço prestado. Na visão deles, o projeto de lei em análise na CCJ criaria uma reserva de mercado. Eles também avaliam que o controle da profissão seria feito através do controle de qualidade do produto, como é feito no mercado mundial.
Na área sindical, no entanto, a liberdade de exercício da profissão não é a saída. Antônio Fernandes, da Central Geral de Trabalhadores do Brasil, defendeu a regulamentação comparando com outras profissões, onde o exercício é restrito. "Todas as profissões fazem a sua reserva", afirmou.
O sindicalista disse que não colocaria obstáculos a uma alternativa que permitisse a outros profissionais exercerem a profissão de Analista de Sistemas.
"Queremos encontrar uma solução. Criemos algo na lei que dê abertura às intersecções. O que não pode é dizer que não deve ter um regulamento. Queremos a regulamentação, sim", completou Fernandes, em nome da CGTB.
O representante do Ministério do Trabalho, Márcio Borges, adotou uma postura cautelosa. Ele ressaltou que a preocupação do governo é a de resguardar direitos sem criar reserva de mercado.
Borges, no entanto, alertou para a falta de responsabilidades e sanções no projeto de lei e de critérios para o registro profissional, caso sejam criados conselhos.
O senador Jarbas Vasconcelos, responsável pela convocação da Audiência Pública, repetiu que o assunto é complexo e que é preciso defender também a demanda das pessoas que não são analistas.
Ele assinalou que o relator na CCJ, senador Marconi Perillo (PSDB-GO), se dispôs a encontrar um caminho junto com o relator na CCT, senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG). Em função do impasse não há previsão de quando o PL 607/07 será votado na CCJ.
 *Fonte: Agência Senado
opinião
Existem muitos pontos que contam contra a regulamentação, até mesmo o fato de todos os profissionais da área passarem a ter o mesmo direito trabalhista, o que não agrada a muitos, porem acredito que o importante é vc ser um profissional diferenciado como relata a opinião dos professores segundo a agencia do senado
 Segundo a mesma o representante do Ministério do Trabalho, Márcio Borges, adotou uma postura cautelosa. Ele ressaltou que a preocupação do governo é a de resguardar direitos sem criar reserva de mercado.
Já o senador Jarbas Vasconcelos, responsável pela convocação da Audiência Pública, repetiu que o assunto é complexo e que é preciso defender também a demanda das pessoas que não são analistas.
Para mim a regulamentação pode ser uma saída já que muitos profissionais saem a preço de banana, prejudicando outros colegas de profissão não sei se nesse caso o que importaria seria economizar ou ter algo de qualidade.
 

Um comentário:

  1. A nossa discussão na aula passada foi bem proveitosa, o tema é bastante polêmico e com certeza não chegaremos a um consenso. Baseado nos argumentos da SBC e de vários professores que defendem a não aprovação do projeto de lei da forma como está sendo sugerido, eu prefiro posicionar-se a favor da regulamentação principalmente pelo fato do reconhecimento da profissão e da valorização dos profissionais que cursaram um nível superior em detrimento de pessoas que tem afinidade com a informática. Segundo o professor Roberto da Silva Bigonha argumenta que o caminho mais eficiente para se obter competência profissional é o da diplomação em curso superior de área específica ministrado por instituição de ensino superior regulamentada pelo MEC. Ainda segundo o professor, os cursos de informática devem ou pelo menos deveriam atestar uma formação técnica especializada, além de propiciar uma preparação para a vida, com os conhecimentos necessários à mobilidade entre profissões.
    Por isso, entendo que o ponto-chave deveria ser um fortalecimento nos cursos da área de informática para que assim não haja tantos desencontros entre os papéis de cada profissional , por exemplo, administrador, economista, etc. todos migrando para o campo da informática sem nenhuma regulamentação sobre esse aspecto.

    www.dcc.ufmg.br/~bigonha/Sbc/plsbc.html

    http://homepages.dcc.ufmg.br/~bigonha/Sbc/pl1561-justifica.html

    www.sbc.org.br › Relações Profissionais

    www.profissionaisti.com.br/.../regulamentacao-do-prof

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