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quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Aaron Swartz um herói?

De fato a intenção de Aaron Swartz é bastante motivadora no mundo acadêmico, ter a possibilidade de acessar as informações produzidas pelas universidades deveria ser um direito da sociedade em geral, com seus devidos cuidados. Infelizmente a forma escolhida por Aaron para torna esta boa ideia possível não foi muito estratégica e respeitosa a legislação do seu país.
Acredito que existem outras pessoas como ele, procurando formas de tornarem suas boas ideias práticas, assim a principal questão é como ele vai fazer com que sua ideia se torne prática. Em [1] mostra que Aaron foi alvo de investigações do FBI em 2008 por fazer download de arquivos em massa, felizmente a polícia não o condenou. Desta segunda vez ele infringiu a mesma lei fazendo o download em massa das revistas científicas do JSTOR através da rede do MIT, levando a inviabilização do servidor da JSTOR aos outros usuários. Aaron sabia que estava infringindo uma lei, ele se preocupava em ser identificado por câmeras e pelos policiais. É certo que se ele estivesse pleno que sua reivindicação era legal ele não se comportaria deste modo. Ele cometeu duas vezes a mesma infração, sabendo do que fazia, portanto acredito ser de muita falta de respeito ele chegar ao tribunal e dizer que é inocente.
De fato os grupos que apoiam Aarom iriam me responder que ele tinha uma boa ideia e motivos corretos, mas estes não estariam atentando para a forma com que o sistema democrático funciona. Se existe uma lei em seu país - admitindo que ele é democrático como no caso -  que é errada, existem meios legais para mudá-la e infringi-la ainda é um crime enquanto ela não for revisada. Isso demonstra a forma com que as pessoas tem visto o fazer a diferença na sociedade.
Muitos artigos nos sites brasileiros apoiam Aarom como um herói moderno da liberdade da informação. Aarom foi brilhante na sua produção técnica, mas a sua decisão por suicídio não foi lá muito inteligente, a sua morte em sites americanos é comentado também como efeito da sua doença mental, a depressão. A sua família fala que a depressão foi causada pelo caso da MIT e JSTOR, se este for o motivo, ele tinha razões que precisavam ser mudadas, como o respeito a legislação do seu país. Então Aaron sabia que estava errado, ele só não escolheu métodos eficientes de lidar com a realidade que ele decidiu encarar. Ele tentou forçar a barra para que a sua ideia de liberdade da informação, que é algo excelentíssimo, fosse efetivada o mais rápido possível.
Estimular estes tipos de atitudes aparentemente heroicas despreza todos os direitos que os nossos antigos heróis conquistaram para nós hoje, como os direitos sociais, a democracia etc.


Referências:
http://tech.mit.edu/V131/N30/swartz.html
http://tech.mit.edu/V131/N53/swartz.html
http://tech.mit.edu/V132/N12/swartz.html
http://tech.mit.edu/V132/N46/swartz.html
http://tech.mit.edu/V132/N50/swartz.html
http://tech.mit.edu/V132/N55/swartz.html
http://tech.mit.edu/V132/N59/swartz.html
http://tech.mit.edu/V132/N61/swartz.html
http://tech.mit.edu/V132/N62/swartz.html
http://tech.mit.edu/V132/N62/anonymous.html
http://tech.mit.edu/V132/N62/swartztimeline.html
http://www.aaronsw.com/
http://www.rememberaaronsw.com
http://terramagazine.terra.com.br/silviomeira/blog/2013/01/14/aaron-swartz-viveu-por-uma-rede-livre-aberta-de-todos-morreu-muito-antes/
[dentre outros]

2 comentários:

  1. Obrigado Álvaro Ribas, lendo outros artigos acho que deveria ter colocado a seguinte frase para meditarmos: "Antes de mudar o mundo, forre sua cama"

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