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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Aaron Swartz, o ativista da internet.



       A partir de 2008, Aaron Swartz – um “sociólogo aplicado“, como ele se autodenominava – engajou-se em uma série de projetos de cunho político, voltados ao ativismo cívico de base e ao compartilhamento de conteúdo on-line. Dentre eles, destacam-se três projetos específicos: Watchdog é um website que permite a criação de petições públicas que possam circular on-line; Open Library pretende criar uma página da web para cada livro já publicado no mundo; e Demand Progress plataforma criada por Swartz para conquistar mudanças progressistas em políticas públicas (envolvendo liberdades civis, direitos civis e reformas governamentais) para pessoas comuns através do lobbying organizado de base.
       Graças a participação de Swartz em várias petições contra o governo que envolviam de algum modo a censura da internet ou  a privação de documentos “públicos” mediante copyright, ele chamou a atenção das autoridades estadunidenses. O processo que pode estar relacionado com a morte de Swartz teve início em julho de 2011, quando o ativista foi processado por “fraude eletrônica, fraude de computador, de obtenção ilegal de informações a partir de um computador protegido”, a partir de uma acusação da companhia JSTOR - uma das maiores organizações de compilação e acesso pago a artigos científicos. Aaron programara um dos computadores públicos do Massachussets Institute of Technology (MIT) para acessar o banco de dados da JSTOR e fazer download de artigos científicos de diversas áreas do conhecimento.
       Pelo fato de Swartz ter feito o download de muitos documentos ao mesmo tempo (o que é permitido pela instituição), foi processado por fraude eletrônica e obtenção ilegal de informações. Diante do aviso de que a distribuição dos arquivos infringiria leis nacionais, Aaron devolveu os arquivos digitalizados para a JSTOR, que retirou a ação judicial de caráter civil. Ou seja: caso encerrado, correto? Errado. Após o acordo entre Aaron e a JSTOR, a Promotoria de Justiça de Boston, através da US Attorney Carmen Ortiz, indiciou Aaron Swartz por diversas ofensas criminais, pedindo a condenação do ativista em 35 anos de prisão (sic!) e o pagamento de 1 bilhão de dólares de multa. O processo penal teve início, sendo oferecida a Swartz a oportunidade de fazer um acordo penal que reconhecesse sua culpa (plead guilty).
       Para a família de Swartz, uma coisa é clara: se houve suicídio, o bullying judicial realizado pelo Judiciário estadunidense foi um fator que levou o jovem ativista a encerrar a própria vida, em um sinal de protesto contra todo o injusto sistema.

fonte:http://www.domtotal.com/noticias/560146 "Aaron Swartz, guerrilheiro da internet livre"


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