Montar um negócio não é tarefa das mais fáceis. Pelo contrário: é uma
atividade que exige muito esforço de quem decide ser seu próprio patrão.
Quem enfrenta o desafio de ter seu próprio negócio precisa desenvolver
uma visão global de negócios e do mercado, aprendendo a lidar com
questões financeiras, de marketing, de recursos humanos etc. Sem dúvida,
é preciso ter o tal espírito empreendedor.
No Brasil, o empreendedorismo se popularizou a partir da década de
90, o que contribuiu para a crescente participação desse tipo de empresa
na economia do país. O papel de destaque da modalidade ganhou ainda
mais força com a entrada em vigor da Lei Geral da Micro e Pequena
Empresa, em 2007, e da Lei do Microempreendedor Individual, em 2008. Nos últimos cinco anos, em média, mais de 600 mil novos negócios,
anualmente, foram registrados no Brasil. E os Microempreendedores
Individuais (MEI), não computados naqueles números, já somam mais de 1,5
milhão de registros. Os números demonstram que o empreendedorismo está
consolidado no país – e crescendo.
Segundo pesquisa da Global Entrepreneurship Monitor (GEM), o Brasil
possui a maior Taxa de Empreendedores em Estágio Inicial (TEA) em 2010
(17,5%), quando comparado aos 59 países que participaram da pesquisa. A
TEA média brasileira de 2002 a 2010 é de 13,38%. TEA é a proporção de
pessoas na faixa etária entre 18 e 64 anos na condição de empreendedores
de negócios nascentes, ou seja, com menos de 42 (quarenta e dois) meses
de existência. Os dados demonstram a vocação empreendedora dos
brasileiros, que já somam 21,1 milhões de empreendedores – número que só
fica atrás da China, em indicadores absolutos. A mulher brasileira é historicamente uma das que mais empreende no
mundo. Atualmente entre os empreendedores iniciais, 50,7% são homens e
49,3% mulheres.
A motivação para que o empreendedor brasileiro em estágio inicial
inicie um negócio pode variar também conforme a faixa de renda. Os
empreendedores por oportunidade crescem conforme a renda familiar
aumenta. Os empreendedores com rendas mais baixas são os que possuem
maiores taxas de empreendedorismo por necessidade.
Como se divide as atividades empreendedoras no Brasil:
No Brasil, o foco dos negócios criados está no atendimento ao
consumidor final. É um perfil de negócio com propensão à informalidade,
pela baixa necessidade de recursos financeiros. O comércio continua
forte, seguido pelo setor de serviços, ganhando espaço sobre o setor
industrial.
A figura sobre a atividade econômica mostra que 25% das atividades se
concentram no comércio varejista, 15% em alojamento e alimentação
(bares e lanchonetes, fornecimento de comida sob encomenda, etc) e 10%
na indústria de transformação. Na categoria de outras atividades e serviços coletivos estão reunidos
serviços de salão de beleza, músicos, lavanderias, casas lotéricas e lan houses.
A atividade classificada como residência com empregados abrange os
serviços domésticos como faxina, jardinagem e atendimento a demandas
pessoais nas residências
O que leva o brasileiro à ser empreendedor:
Apesar das condições macroeconômicas estarem favorecendo o
empreendedorismo, o Brasil ainda precisa evoluir nas políticas de apoio,
infraestrutura e capital formal para os negócios. As altas taxas de
empreendedorismo brasileiro se devem muito mais ao ambiente social e
cultural do que às condições favoráveis para empreender. A pesquisa GEM mais recente aponta que a crise econômica de 2009 não
abalou o empreendedorismo no Brasil. Em 2010, a Taxa de Atividade
Empreendedora (TEA) foi a mais alta desde o início da realização da
pesquisa no País (17,5%). Isso demonstra uma tendência de crescimento
inclusive no empreendedorismo motivado pela oportunidade, que volta a
ser maior que o dobro do motivado por necessidade.
http://www.sebrae.com.br/customizado/estudos-e-pesquisas/temas-estrategicos/empreendedorismo/relatorio_executivo.pdf
http://www.timaster.com.br/revista/materias%5Cmain_materia.asp?codigo=585
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